Nilo ocidental
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A Febre do Nilo Ocidental ou Encefalite do Nilo Ocidental é uma doença causada pelo vírus do mesmo nome que é transmitida pelos mosquitos do género Culex. Em 2004 registaram-se os primeiros casos no Algarve, Portugal.
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[editar] Vírus do Nilo Ocidental
Pertence à família dos flavivirus, e o seu genoma é de RNA simples de sentido positivo (pode ser usado directamente como mRNA para a síntese proteica). Produz cerca de 10 proteínas, sendo 7 constituintes do seu capsídeo, e é envolvido por envelope bílipidico. Multiplica-se No citoplasma e os virions descendentes invaginam para o retículo endoplasmático da célula-hóspede, a partir do qual são depois exocitados. Tem cerca de 50 nanómetros de diâmetro.
Infecta principalmente os macrófagos.
[editar] Epidemiologia
É transmitido por mosquitos do género Culex, em climas ou estações quentes. Existe endémicamente em África, incluindo Uganda, onde nasce o rio Nilo e Ásia tropical ou mediterrânica. Surgiu em 1999 nos EUA, onde já provocou diversas mortes, especialmente no verão quente da cidade de Nova Iorque. Em Portugal surgiu pela primeira vez no Algarve no ano 2004. Não se sabe ainda se se estabeleceu com sucesso nessa região do sul de Portugal, mas mesmo que não é possível que o faça no futuro.
Há pássaros que servem de reservatório para o vírus, e são especialmente importantes para a sua sobrevivência em climas com invernos frios sem mosquitos (como Nova Iorque e mesmo o Algarve). Os seres humanos não têm virémia suficientemente prolongada para servirem de reservatório significativo, e são sempre infectados dos pássaros via mosquito mediador.
[editar] Progressão e sintomas
O período de incubação é de três a sete dias.
Dissemina-se pelo sangue (virémia). Os sintomas iniciais são inespecíficos como febre, mal-estar e dores de cabeça e musculares. Mais tarde causa exantemas (manchas vermelhas cutâneas) e provoca encefalite que incomumente mata ou incapacita o doente, produzindo paralisias, convulsões ou perda de funções intelectuais. Pode ainda provocar hemorragias e artrites.
[editar] Diagnóstico e sintomas
O diagnóstico é por inoculação de soro sanguineo em culturas celulares; ou pela serologia.
Não há tratamento nem vacina, mas a grande maioria dos casos resolve sem complicações. A única prevenção é a erradicação dos locais de reprodução de mosquitos e uso de redes ou sprays protectores.
