Modelagem de dados
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Modelagem de Dados é a atividade de especificação das estruturas de dados e regras de negócio necessárias para suportar uma área de negócios. Representa um conjunto de requerimentos de informações de negócio. É uma parte importante do desenho de um sistema de informação.
A abordagem que se dispensa ao assunto normalmente atende a três perspectivas: Modelagem Conceitual, Modelagem Lógica e Modelagem Física. A primeira é usada como representação de alto nível e considera exclusivamente o ponto de vista do usuário criador do dado, a segunda já agrega alguns detalhes de implementação e a terceira demonstra como os dados são fisicamente armazenados.
Quanto ao objetivo, podemos identificar as seguintes variações: modelagem de dados entidade-relacionamento (leitura, construção e validação dos modelos); modelagem de relacionamentos complexos, grupos de dados lógicos e ciclo de vida das entidades; modelagem de dados corporativa; modelagem de dados distribuídos (cliente/servidor); modelagem e re-engenharia de dados legados e modelagem de dados para Data Warehouse.
Índice |
[editar] Modelos
Os modelos são divididos da seguinte forma:
- Modelo Conceitual:
- Representação dos conceitos e características observados no ambiente;
- Ignorar particularidades de implementação.
- Modelo Lógico:
- Regras de Derivação:
- Normalização das estruturas de dados
- Derivação de estruturas de agregação e generalização-especialização
- Derivação de relacionamentos
- Regras de Restrição:
- Restrição de domínio
- Restrição de Integridade
- Restrição de Implementação
- Regras de Derivação:
- Modelo Físico:
- Inclui a análise das características e recursos necessários para armazenamento e manipulação das estruturas de dados (estrutura de armazenamento, endereçamento, acesso e alocação física).
[editar] Identificação de Objetos
Os objetos podem ser identificados como:
- Coisas Tangíveis: elementos que têm existência concreta, que ocupam lugar no espaço.
- Ex: Meio de Transporte (avião, carro, etc);
- Funções: percepção dos objetos através da função por eles exercida (papel, atribuição, classificação, capacitação, etc).
- Ex: Organização (órgãos funcionais - venda, suporte, despacho de mercadorias, etc), especialistas (médicos, engenheiros, etc), cliente (pessoa atendida), atendente (pessoa que atende), etc;
- Eventos ou Ocorrências: alguns objetos só conseguem ser individualizados ou percebidos enquanto uma certa ação se desenrola (identifica-se características que tornam determinado fato materializável).
- Ex: vôo comercial, acidente de trânsito, jogo de futebol, etc.
- Interações: resultantes das associações entre objetos em função de um processo executado - cada objeto participante da interação preserva suas características não sendo impactados pela materialização da interação.
- Ex: compra de um imóvel, adoção de uma criança, venda de um produto;
- Especificações: são elementos que definem características de outros objetos.
- Ex: modelos de carro (cor, dimensões, etc), espécies animais (mamíferos, carnívoros, etc.)
[editar] Definição
Uma definição deve:
- ser única (dentro de qualquer dicionário no qual ela aparece);
- ser estabelecida no singular;
- estabelecer o que o conceito é (não o que ele não é), o que faz, quando algum elemento passa a ser, ou deixa de ser, um elemento desse grupo;
- ser estabelecida como uma frase ou sentença descritiva;
- ser expressa sem definições embutidas de outros termos;
- estabelecer o significado essencial do conceito;
- ser precisa e não-ambígua;
- ser concisa;
- ser significativa por si só;
- evitar raciocínio circular.
[editar] Atributos
Quanto ao tipo, podem ser classificados como:
- Descritivos: representam as características intrínsecas dos objetos;
- Nominativos: além de cumprirem a função de descritivos servem como definidores de nomes ou rótulos de identificação dos objetos (nome, código, número, sigla, etc);
- Referenciais: representam uma citação ou ligação do objeto em questão com outro objeto, não propriamente definindo uma característica do objeto mas explicitando um relacionamento existente[1].
- Ex: Cidade de nascimento, Nome do fabricante do carro, Local de trabalho, etc.
[editar] Relacionamentos
Na descrição de um relacionamento devem aparecer:
- Sua função;
- O que ele representa;
- Quais as regras de seu estabelecimento;
- Quais as exceções a seu estabelecimento;
- Quando ocorre;
- Quando pode deixar de existir.
[editar] Modelo Lógico de Dados
Um modelo lógico de dados deve:
- Ser completamente normalizado;
- Representar fielmente o NEGÓCIO, e NÃO necessariamente a base de dados desejada, a qual será construída posteriormente por ocasião do Projeto Físico;
- Conter descrição sucinta das entidades, atributos e relacionamentos;
- Conter os nomes de entidades e atributos, extensos e abreviados, atribuídos de acordo com algum padrão adotado na organização e formados por termos previamente convencionados em um glossário;
- Contemplar, para cada um dos atributos, o tipo de dado, tamanho e opcionalidade.
[editar] Recomendações
Um Modelo Lógico de Dados não deve conter:
- Replicações de atributos: fisicamente pode ser interessante alguma redundância com o objetivo de melhorar a performance de determinado(s) processo(s). No modelo lógico isso não pode ser feito; um atributo só é representado na Entidade que o pertence.
- Atributos derivados: pelos mesmos motivos apontados anteriormente, a implementação das tabelas pode requerer o armazenamento de uma informação derivada de outra(s) (valor do saldo por exemplo). Tal tipo de informação não se constitui um atributo do modelo lógico.
- Atributos repetitivos: o uso de atributos repetidos, como Telefone-1 e Telefone-2, não é admitido. Se existe a possibilidade de uma pessoa possuir mais de um telefone, então Telefone deve ser representado como uma entidade, mantendo relacionamento Nx1 com a entidade Pessoa.
[editar] Referências
- ↑ Durante a normalização estes são deslocados para o objeto a que pertencem e é feito então um relacionamento entre eles