Manuel Congo
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Manuel Congo foi um escravo do capitão-mor Manuel Francisco Xavier, da fazenda da Maravilha, região de Pati do Alferes, no Rio de Janeiro.
Manuel Congo comandou a insurreição dos escravos da fazenda, líder de um quilombo que formou com outros cerca de trezentos escravos fugidos e revoltados, nas matas da Fazenda Santa Catarina, propriedade do capitão Carlos de Miranda Jordão, e de onde numa noite, no ano de 1839, vieram atacar e destruir a fazenda da Maravilha.
Revoltado e assustado com o poder e força dos quilombolas, o fazendeiro comunicou o fato ao comandante local da Guarda Nacional, coronel Francisco Peixoto de Lacerda Werneck, futuro barão de Pati do Alferes, que fez diversas tentativas e expedições, mas não conseguiu sozinho com suas tropas destruir o quilombo e prender os revoltosos.
Posteriormente tropas da Polícia de Niterói, enviadas pela presidência da província, sob o comando do futuro Duque de Caxias, mais as tropas locais da Guarda Nacional destruíram o quilombo de Manuel Congo.
Ele e a escrava Mariana Criola, rei e rainha dos quilombolas foram presos e julgados. Os demais escravos que sobreviveram a repressão voltaram ao cativeiro.
Manuel Congo foi condenado e morreu enforcado em 6 de setembro de 1839. Considerado um símbolo da luta pela liberdade sua memória é venerada como a de um verdadeiro mártir.
Mariana Criola foi poupada a pedido de sua proprietária Francisca Elisa Xavier, futura baronesa da Soledade, mas obrigada a assistir a execução pública de seu companheiro.
- Bibliografia
- Raposo, Ignacio - Historia de Vassouras' - Fundação 1º de Maio - Vassouras - 1935.
- Scisínio, Alaôr Eduardo - Dicionário da Escravidão - Léo Christiano Editorial Ltda. - Rio de Janeiro - 1997