Euclides da Cunha

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Caricatura de Euclides da Cunha feita por Raul Pederneiras (1903)

Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha (Cantagalo, RJ, 20 de janeiro de 1866 — Rio de Janeiro, 15 de agosto de 1909) foi um escritor, sociólogo, repórter jornalístico e engenheiro brasileiro.

Famoso internacionalmente pela sua obra-prima, "Os Sertões", que retrata a Guerra de Canudos.Foi ainda Professor do Colégio Pedro II.

Em 1905 percorre a Amazônia, experiência que resulta em sua obra póstuma "À Margem da História", onde denuncia a exploração dos seringueiros na floresta. Escreve, na viagem, o texto "Judas-Ahsverus", considerado um dos textos mais filosofica e poeticamente aprofundado de sua autoria.

Morreu em 1909, assassinado num duelo por um jovem tenente, Dilermando de Assis, com quem vivia sua esposa que o abandonara. Seu corpo foi examinado pelo médico e escritor Afrânio Peixoto, que também assinou o laudo e viria mais tarde a ocupar a cadeira de Euclides na Academia Brasileira de Letras.

[editar] Cronologia

1866, 20 de janeiro - Nascimento no arraial de Santa Rita do Rio Negro (hoje "Euclidelândia"), município de Cantagalo, então província do Rio de Janeiro, onde vive até os três anos, quando falece sua mãe.
1884 - Ingressa na Escola Politécnica para cursar Engenharia, é obrigado a desistir por motivos financeiros.
1886 - Ingresso na Escola Militar da Praia Vermelha
1888 - Expulsão da Escola Militar da Praia Vermelha por ato de protesto durante uma visita do Ministro da Guerra, conselheiro Tomás Coelho, do último gabinete conservador da monarquia.
1889 - Retorno à Escola Militar da Praia Vermelha, graças ao seu sogro , o general Sólon Ribeiro.
1891 - Conclui curso na Escola de Guerra.
1896 - Desliga-se do Exército para dedicar-se à engenharia civil.
1897 - Cobre a última fase da campanha de Canudos. De 7 de agosto a 1 de outubro fica no sertão, como correspondente do jornal O Estado de São Paulo.
1898-1901 - Muda-se para São José do Rio Pardo, onde trabalha na construção de uma ponte metálica sobre o Rio Pardo. Começa a escrever Os Sertões.
1902 - Finaliza a obra Os Sertões, e introduz o pré-modernismo no Brasil, junto de Graça Aranha.
1903 - Eleito para a Academia Brasileira de Letras
1903 - Posse no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro
1905 - Realiza viagem heróica pelo Rio Purus, na Amazônia, chefiando missão oficial do Ministério das Relações Exteriores. Percorre cerca de 6.400 quilômetros de navegação, alguns trechos inclusive a pé.
1909 - Presta exame para a cátedra de lógica no Colégio Pedro II
1909, 15 de agosto - Assassinado por um jovem tenente, Dilermando de Assis, com quem vivia a esposa que o abandonara, num duelo, a tiros, no bairro da Piedade, Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro.

[editar] Obra

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1902 Os Sertões
1907 Contrastes e confrontos
1907 Peru versus Bolívia
1909 À Margem da História
1909 Judas-Asverus
1939 Canudos, diário de uma expedição - reportagens publicadas no jornal O Estado de São Paulo
1967 Canudos e inéditos - reportagens publicadas no jornal O Estado de São Paulo