Chechênia
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Lema nacional: Nenhum |
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Línguas oficiais | Russo, checheno | ||||
Capital | Grózni | ||||
Presidente | Alu Alkhanov | ||||
Primeiro-ministro | Sergey Abramov | ||||
Área - Total - % Água |
79° maior 17.300 km² Desprezível |
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População - Total (1997) - Densidade |
- 862.000 50 h/km² |
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Independência - Declarada - Reconhecida |
Da Rússia - 1990 - Não foi |
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Moeda | Rublo | ||||
Fuso horário | UTC +3 | ||||
Código telefônico | 7 (Rússia) |
A República da Chechênia (em russo: Чеченская Республика/Chechenskaya Respublika; em checheno: Нохчийн Республика/Noxçiyn Respublika), também denominada Tchetchênia (em russo: Чечня, em checheno: Нохчичьо/Noxçiyçö), Chechénia ou ainda Chechênia, é uma república constitucional da Rússia. Faz divisa, a noroeste com a república de Stavropol Krai, a nordeste e leste com a república do Daguestão, ao sul com a Geórgia, e a oeste com as repúblicas de Inguchécia e Ossétia do Norte. É localizada nas montanhas do norte do Cáucaso, no Distrito Federal do Sul.
Depois do fim da União Soviética, um grupo de líderes chechenos declarou-se como um governo legítimo, anunciando um novo parlamento e declarando independência como República Ichkéria da Chechênia. Até hoje, sua independência não foi reconhecida por nenhum país. Entretanto, esta declaração tem causado conflitos armados em que diversos grupos rivais chechenos e o exército da Rússia se envolveram, resultando em aproximadamente 150 mil mortos, no período entre 1994 e 2003.
Resumindo: A Chechênia é uma pequena República situada na parte européia da Rússia, entre a Geórgia e o Mar Cáspio, que se declarou independente em 1991 e foi invadida pelas tropas russas em 1994.
O que aconteceria com as outras Repúblicas caso a Chechênia efetivasse sua independência? É certo que esse exemplo contagiaria outras repúblicas onde há forte presença de povos diferentes dos russos, a também pleitearem sua independência.
[editar] Geografia e Geopolítica
Localizada entre os mares Cáspio e Negro, predomina na Tchetchênia relevo acidentado, originado por dobramentos modernos e marcado por montanhas elevadas e pontiagudas. Seu clima é predominantemente temperado seco, com baixas temperaturas no inverno e nas áreas de elevadas altitudes. Para o governo russo, essa república é estratégica, principalmente em razão da passagem de oleodutos que ligam Moscou aos poços de petróleo da região do Cáspio.
[editar] História
Como parte do Império Russo desde 1859, a região da Checheno-Inguchécia foi incorporada como República Socialista Soviética Autônoma da Checheno-Ingushkaya durante a fundação da União Soviética. Durante o regime soviético, os tchetchenos, acusados de colaboração com os nazistas (os quais não chegaram na Chechênia), sofreram uma deportação - de natureza genocidária - para a então República Socialista Soviética do Casaquistão (o atual Cazaquistão independente) e para a Sibéria durante a Segunda Guerra Mundial. A república foi abolida entre 1944 e 1957, tornando-se no óblast de Grózni. Depois do colapso da União Soviética, um movimento de independência surgiu na Chechênia, enquanto a Rússia recusava-se a permitir a secessão.
Djokhar Dudaiev, presidente nacionalista da República da Chechênia, declarou a independência chechena em 1991. Em 1994 o presidente da Rússia Boris Iéltsin enviou quarenta mil soldados para evitar a separação da região da Chechênia, importante produtora de petróleo, da Rússia.
A Rússia entrou numa guerra que alguns comparam ao que foi a guerra do Vietnã para os EUA. Os insurgentes chechenos infligiram grandes baixas aos russos. As tropas russas não tinham conseguido capturar a capital tchetchena, Grózni, até o fim daquele ano. Os russos finalmente tomaram Grózni em fevereiro de 1995 após pesada luta. Em agosto de 1996 Iéltsin concordou com um cessar-fogo com os líderes chechenos, e um tratado de paz foi formalmente assinado em maio de 1997.
O conflito retornou em setembro de 1999, dando início à II Guerra da Chechênia, tornando sem sentido o acordo de 1997. Os separatistas tchetchenos ainda querem a independência da Tchetchênia e organizaram ataques na Chechênia e em outras regiões da Rússia, incluindo Moscou. Uma década de guerra deixou a maior parte da Chechênia sob controle militar. Guerrilheiros islâmicos chechenos invadem a vizinha república russa do Daguestão e anunciam a criação de um Estado islâmico. A maioria da população, em ambas as repúblicas, é muçulmano-sunita. Os militares russos expulsam os rebeldes para a Chechênia em setembro. Neste mês, atentados contra edifícios, em cidades russas, matam mais de 300 pessoas. O governo responsabiliza os separatistas chechenos e envia tropas à república.
Apesar da pressão para um cessar-fogo, o governo russo rejeita mediação internacional. Mas as denúncias de massacres, estupros e torturas cometidos pelas tropas contra centenas de civis levam o país a aceitar em março de 2000 a visita de representantes da ONU à Chechênia. As emboscadas e os ataques camicases contra as tropas russas prosseguem, assim como os bombardeios aéreos russos. Em junho de 2000, Putin põe a Chechênia sob administração direta da Presidência da federação.
Em setembro de 2004, uma escola de Beslan, na república russa da Ossétia do Norte, foi palco de uma das maiores barbáries da atualidade. Terroristas aprisionaram, torturaram e mataram crianças, pais e professores. O líder separatista checheno Shamil Bassaiev assumiu esse e outros ataques (como a explosão no metrô de Moscou, em fevereiro de 2004).