Pecado Capital (1975)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
- Nota: Se procura a novela de 1998, consulte Pecado capital (1998).
Pecado capital é uma telenovela brasileira produzida e exibida pela Rede Globo pela primeira vez entre novembro de 1975 e junho de 1976. Foi escrita por Janete Clair e dirigida por Daniel Filho e teve 167 capítulos.
[editar] Trama
A telenovela traz José Carlos Moreno, chamado Carlão, um taxista morador do subúrbio carioca do Méier. Logo no primeiro capítulo, acontece um grande e audacioso assalto a banco e os ladrões, em fuga, embarcam no carro de Carlão. Só que a mala cheia de dinheiro é esquecida no carro. O taxista então vê ali a chance de ascender socialmente, podendo enfim casar-se com a noiva Lucinha, operária numa fábrica de roupas. Graças à beleza de Lucinha, as brigas entre os dois por causa de ciúme do taxista são freqüentes. Lucinha conhece então, na fábrica, o publicitário Nélio Porto Rico, que a convida a ser modelo. Pensando na possibilidade de crescer na vida, ela aceita. Enquanto isso, Carlão faz segredo quanto a estar com o fruto do assalto ao banco. A opção de Lucinha pela carreira de modelo leva-a a romper com Carlão e com o pai, Orestes, pela intolerância.
Enquanto isso, Eunice, uma dona-de-casa de classe média infeliz no casamento, sofre com o repúdio do marido, Ricardo, e com a consciência pesada. Ela esteve no assalto, do qual participou convencida pelo amante, Miguel, e foi quem esqueceu o dinheiro com Carlão. Numa discussão com Miguel, que acreditava que ela queria enganá-lo, terminou matando-o. Foi então pedir ajuda ao marido para sair da enrascada, e ela a obrigou a ir passar uns tempos nos Estados Unidos, longe do filho Paulo Roberto. E a suburbana Lucinha é escolhida como principal modelo das confecções Centauro, onde antes trabalhava. Desperta o interesse do adormecido coração de Salviano Lisboa, um milionário viúvo que, apesar de ter seis filhos - Vitória, Vilma, Vicente, Virgílio, Vinícius e Valter - e viver cercado por uma cambada de bajuladores, sente muita solidão. O início do romance entre Salviano e Lucinha desperta em Carlão um grande ódio, e ele lança mão do dinheiro, que planejava devolver, para ascender socialmente - para ele, Lucinha deseja isso: fortuna e posição.
Eunice volta ao Brasil e, cumprindo suas ameaças cheias de rancor, Ricardo a denuncia e ela é presa. Ao ficar sabendo da situação da mulher, Carlão sente a consciência pesar e começa a ajudá-la. Penalizado, sabendo que se tivesse entregue o dinheiro a situação de Eunice seria outra, morrendo de pena, Carlão se casa com ela, mesmo apaixonado por Lucinha, que passa a enfrentar a cada dia que passa maior oposição dos filhos de Salviano. Carlão e Eunice vivem um casamento infeliz. Ela, verdadeiramente apaixonada, sofre com o amor do marido por outra que não o quer; ele, por estar casado por piedade e medo de que ela, já tendo reconhecido-o como o taxista do caso, o denuncie.
Ao longo da trama, Carlão vai se afundando mais e mais graças à ambição e ao desejo de reconquistar Lucinha. No final, quando resolve deixar o dinheiro (800 mil cruzeiros) numa obra do metrô e fazer uma denúncia anônima às autoridades, Carlão termina assassinado no local por um capanga de Sandoval, um mau-caráter com quem havia se envolvido em negócios escusos. Salviano e Lucinha se casam. Um empregado chega perto do patrão com um jornal que noticia a morte do taxista, tido na reportagem como membro de quadrilha que assaltou o banco, ou coisa do gênero. Lucinha pergunta o que é, e Salviano: "Nada, nada, uma nota sobre o nosso casamento." Amassando o jornal, sai com a esposa. O envolvimento de Carlão com gente "barra-pesada", a ambição, a infelicidade no amor, mesmo com fortuna, provam ao público que, como diz a letra do tema de abertura, "Dinheiro na mão é vendaval"; a trama sintetizada nos versos de Paulinho da Viola, para ela especialmente compostos.
[editar] Elenco
- Lima Duarte - Salviano Lisboa
- Francisco Cuoco - José Carlos Moreno (Carlão)
- Betty Faria - Lúcia (Lucinha)
- Rosamaria Murtinho - Eunice
- Débora Duarte - Vilma (Vilminha)
- Dênis Carvalho - Nélio
- Theresa Amayo - Vitória
- Luiz Armando Queiroz - Vicente
- Emiliano Queiroz - Valdir
- Gilberto Martinho - Raimundo
- Sandra Barsotti - Gigi
- Elizângela - Emilene
- Germano Filho - Orestes
- Ilva Niño - Alzira
- Lutero Luiz - Marciano
- Elza Gomes - Bá
- Milton Gonçalves - Percival
- Maria Pompeu - Djanira
- Mário Lago - Dr. Peres
- João Carlos Barroso - Valter
- Marco Nanini - Vinícius
- Lauro Góes - Virgílio
- Dary Reis - Ernani
- Miriam Pires - Nora
- Moacyr Deriquem - Ricardo
- Nestor de Montemar - Roger
- Malu Rocha - Cibele
- Leina Krespi - Elizeth
- Lady Francisco - Rose
- André Valli - Claudius
- Fábio Massimo - Paulo Roberto
- Heloísa Helena - Hortência
- Ivan Cândido - Coutinho
- Fernando José - Altino
- Alfredo Murphy - Sandoval
- Gilson Moura - Jurandir
- Zanoni Ferrite - Miguel
- Isolda Cresta - Mafalda
- Glória Ladany - Aurora
- Paulo Ascenção - (Participação especial no final da novela)
[editar] Curiosidades
- Em 1975, a Rede Globo começou a produzir Roque Santeiro. No dia marcado para a estréia, 27 de agosto, a censura proibiu sua exibição, e a saída encontrada pela emissora foi uma reprise, em caráter emergencial, da novela Selva de pedra, de Janete Clair, sucesso em 1972, enquanto se aprontava uma produção inédita para o horário das 20h. O elenco de Roque Santeiro (que ganharia uma nova versão em 1985) foi remanejado para uma história que Janete estava escrevendo, inicialmente intitulada O Medo.
- A atriz Elza Gomes, que interpretava Bá, governanta que havia ajudado o milionário Salviano a cuidar dos seis filhos depois da viuvez, teve de se ausentar da novela devido a problemas de saúde. Assim, a atriz Miriam Pires entrou em seu lugar, interpretando a personagem Nora, prima de Bá, que sabia da história por cartas que a prima lhe enviava. Elza depois voltaria à cena.
- Pecado capital foi reapresentada pela emissora em duas ocasiões: em 1980, como atração do Festival 15 Anos (compacto apresentado por Lima Duarte) e em 1982, às 22h.
- Uma segunda versão da novela foi escrita por Glória Perez e exibida de outubro de 1998 a maio de 1999, no horário das 18h, sem o sucesso da original.
Telenovelas "das oito" da Rede Globo
Escalada « anterior | Pecado Capital | seguinte » O Casarão |
Telenovelas "das dez" da Rede Globo
O Astro « anterior | Pecado Capital | seguinte » Gabriela (reapresentação) |