Palácio Monroe
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O Palácio Monroe localizava-se na Cinelândia, no centro da cidade do Rio de Janeiro, estado do Rio de Janeiro, no Brasil.
A sua edificação foi projetada para ser o Pavilhão do Brasil na Exposição de Saint Louis, nos Estados Unidos da América, em 1904. Conforme especificado pela Cláusula 1ª do Aviso nº 148 de 3 de julho de 1903:
- Na construção do Pavilhão se terá em vista aproveitar toda a estrutura, de modo a poder-se reconstruí-lo nesta capital.
Dessa forma, o Arquiteto e Engenheiro Militar, Coronel Francisco Marcelino de Souza Aguiar, concebeu uma estrutura metálica capaz de ser totalmente desmontada, erguendo-a, como previsto, em Saint Louis.
A imprensa norte-americana não poupou elogios à estrutura, destacando-a pela sua beleza, harmonia de linhas e qualidade do espaço. Na ocasião, o Pavilhão do Brasil foi condecorado com a medalha de ouro no Grande Prêmio Mundial de Arquitetura, o maior certame do gênero, à época.
Desmontado ao final do evento, a estrutura foi transportada para o Brasil, vindo a ser remontada no Rio de Janeiro em 1906, para sediar a Terceira Conferência Pan-Americana. Por sugestão de Joaquim Nabuco, o Barão do Rio Branco propôs que, ao Palácio de Saint-Louis, como era conhecido, fosse dado o nome de Palácio Monroe, em homenagem ao presidente norte-americano James Monroe, criador do Pan-Americanismo.
Entre 1914 e 1922, o Palácio Monroe foi sede provisória da Câmara dos Deputados, enquanto o Palácio Tiradentes era construído. Com a inauguração deste, durante as comemorações do primeiro centenário da independência, o Senado Federal passou a utilizar o Monroe como sua sede.
O Senado Federal esteve fechado durante o Estado Novo (1937-1945). Ao término da ditadura, serviu como sede provisória do Tribunal Superior Eleitoral, entre 1945 e 1946.
Em meados da década de 1950, o Palácio sofreu uma obra de ampliação que lhe acrescentou um pavimento e ocupou o espaço das duas rotundas laterais, que eram vazias e serviam apenas como varandas decorativas.
Com a mudança do Distrito Federal para Brasília, em 1960, o Monroe passou a exercer a função de escritório de representação do Senado no Rio de Janeiro.
À época do Regime Militar, foi transformado em sede do Estado-Maior das Forças Armadas (EMFA).
Em 1974, durante as obras de construção do Metrô do Rio de Janeiro, o traçado dos túneis foi desviado para não afetar as fundações do palácio. Nessa época o Governo Estadual decretou o seu tombamento.
Uma campanha mobilizada pelo jornal O Globo, com o apoio de arquitetos modernistas como Lúcio Costa pediu a demolição do Palácio Monroe, sob alegações estéticas e de que o prédio atrapalhava o trânsito. O então presidente Ernesto Geisel, que também não era favorável ao edifício, sob a alegação de que prejudicava a visão do Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, não concedeu o decreto federal de tombamento e, em 1976, o monumento foi demolido.
No terreno assim desocupado, foi construída uma praça com um chafariz monumental, originalmente instalado na Praça XV.
[editar] Características
Com 1700 m² de área construída, os elementos de sua composição arquitetônica inscrevem-se na linguagem geral do ecletismo, num estilo híbrido, caracterizado por uma combinação liberal de diversas origens que marcou uma época de transição na arquitetura brasileira.
[editar] Ligações externas
- Alma Carioca
- Fotos da Demolição do Palácio Monroe
- Palácio Monroe - UFRJ
- Reportagem do RJTV - Rede Globo