Margarida do Reino Unido
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A princesa Margaret, condessa de Snowdon (Margaret Rose Armstrong-Jones, nascida Windsor; 21 de Agosto de 1930 - 9 de Fevereiro de 2002) foi a filha mais jovem do Rei George VI e da Rainha Elizabeth, depois Rainha Mãe, e irmã do atual soberano do Reino Unido, a rainha Elizabeth II. Ela tem o título de Condessa de Snowdon desde seu casamento.
A princesa Margaret sempre fora um membro controversista da Família Real Britânica. Como uma mulher jovem, ela era uma figura de glamour em tempos pós-guerra e da Commonwealth. No entanto, sua vida fora marcada por desapontamentos românticos, incluindo um amor impedido politicamente por um homem muito mais velho e divorciado, um subseqüente, porém infeliz, casamento com um plebeu, e um acrimonioso divórcio baseado em acusações de adultério, e, em seus últimos momentos, um caso público com um homem muito mais jovem.
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[editar] Infância
A princesa Margaret nasceu no Castelo de Glamis, em Angus, na Escócia. Era a segunda filha do Príncipe Albert, então titulado como Duque de York, e de sua esposa Lady Elizabeth Angela Marguerite Bowes-Lyon, uma filha do Conde de Strathmore e Kinghorne. Ao nascer, ela foi titulada como Sua Alteza Real Princesa Margaret Rose de York e foi batizada na Capela do Palácio de Buckingham em 30 de Outubro de 1930 por Cosmo Lang, arcebispo de Canterbury. Seus padrinhos foram o príncipe de Gales, a princesa Ingrid da Suécia, Lady Rose Leveson-Gower e o Honorável David Bowes-Lyon.
A princesa Margaret foi educada juntamente com a irmã, a princesa Elizabeth, pela governanta Marion Crawford. Em 1936, seu tio Rei Edward VIII (antes o príncipe de Gales) abdicou ao trono, e seu pai foi obrigado a herdar a coroa, titulando-se Rei George VI. A princesa então foi titulada como Sua Alteza Real Princesa Margaret do Reino Unido. Ela compareceu à coração de seus pais em 1937.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a princesa Margaret e sua irmã ficaram no Castelo de Windsor, a uma hora de Londres. Em 1952, seu pai morreu, e sua irmã tornou-se a Rainha Elizabeth II.
[editar] Peter Townsend
Dois anos depois da coroação de sua irmã, a princesa Margaret causou um público escândalo por querer casar-se com Peter Townsend, um piloto da Royal Air Force. Peter Townsend era dezesseis anos mais velho do que a princesa e divorciado, apesar de sua ex-mulher ter cometido adultério. A princesa poderia ter desposado Peter sem a permissão de sua irmã ou a do parlamento, pois tinha 25 anos; porém, ela foi informada que perderia seu título, seus privilégios e até seu lugar na linha de sucessão. Na verdade, ela não poderia ser despojada de nada. Sob grande pressão da família, de políticos e do Arcebisbo de Canterbury, Margaret anunciou publicamente que não se casaria com Townsend.
[editar] Deveres Reais
A princesa Margaret começou seus deveres reais desde pequena. Em 1935, aos cinco anos, ela atendeu ao silver jubilee (celebração de 25 anos de reinado) de seus avós, Rei George V e Rainha Mary. Ela atendeu à coroação de seus pais em 1937. Seu primeiro tour real foi em 1947, quando ela viajou com seus pais e sua irmã para a África do Sul. Também visitou as ilhas caraíbas em 1955. A princesa representou a família real na cerimônias de independência das colônias britânicas da Commonwealth. Os maiores interesses de Margaret foram caridade, música e balé. Ela foi presidente da Sociedade Nacional e da Sociedade Escocesa Real da prevenção de crueldade a crianças. Foi comandante-chefe dos cadetes ambulatórios e enfermeiros da Brigada de St. John Ambulance, dentre outros cargos respeitáveis.
[editar] Casamento
Depois de outros romances, entre eles, com o futuro primeiro ministro canadense John Turner, em 6 de Maio de 1960, Margaret casou-se com o fotógrafo Antony Charles Robert Armstrong-Jones, filho de Ronald Armstrong-Jones e de sua primeira esposa, Anne Messel, que tornou-se Condessa de Rosse, na Abadia de Westminster. A cerimônia foi considerada o primeiro casamento real "moderno", por ter sido transmitido via televisão em todo o Reino Unido. Ofereceu-se a Antony Armstrong-Jones o título de Conde de Snowdon, o qual aceitou. Margaret então foi titulada formalmente como Sua Alteza Real Princesa Margaret, condessa de Snowdon.
Eles tiveram dois filhos:
- Lord David Albert Charles Armstrong-Jones, titulado como Visconde Linley
- Lady Sarah Frances Elizabeth Armstrong-Jones (agora Lady Sarah Chatto)
Depois de vários casos extraconjugais, por parte de ambos, o divórcio se deu finalmente em 1978.
[editar] Vida pessoal
A vida pessoal da Princesa Margaret foi por muitos anos matéria de especulação pela mídia. Ela possuia uma casa na ilha caraíba de Mustique, um resorte privativo hedonista que foi seu lugar preferido para passar suas férias (foi projetado pelo tio de seu marido, Oliver Messel). Revelações sobre festas picantes e tomada de drogas foram matéria para um documentário exibido após a morte de Margaret.
Em 1970, surgiram especulações de que ela estaria envolvida com Roddy Llewellyn, um jardineiro muito jovem, e com Robin Douglas-Home, sobrinho do ex-primeiro-ministro Sir Alec Douglas-Home. O suicídio de Robin, 18 meses depois de acabado o romance, abalou o país. Há rumores de que ela tenha se envolvido com Mick Jagger e com o ator Peter Sellers. É dito também que ela teve um caso lésbico com Sharman Douglas, filha do embaixador americano no Palácio de St. James.
[editar] Últimos momentos e morte
Margaret sempre fora uma costumaz fumante. Em 1998, ela teve um pequeno ataque cardíaco na sua residência na ilha de Mustique. No mesmo ano, ela escaldou severamente seu pé dentro de seu banheiro, o que afetou sua mobilidade a ponto de ter que ficar restrita às vezes numa cadeira de rodas e usar suportes para poder caminhar. Em 2000 e 2001, outros ataques foram diagnosticados. A última aparição pública de Margaret foi no aniversário de 100 anos de sua tia, a Princesa Alice, Duquesa de Gloucester, em Dezembro de 2001.
Margaret morreu no hospital em 9 de Fevereiro de 2002, aos 71 anos, depois de sofrer um ataque cardíaco massivo. Seu funeral foi um evento particular em família, no dia em que completou-se os 50 anos de morte de seu pai. Um serviço memorial de estado completo foi realizado muitas semanas depois.
