Macunaíma (filme)
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Filme de Joaquim Pedro de Andrade, baseado na obra homônima de Mário de Andrade ("Macunaíma"). Lançado em 1969, em cores, 108 min.
[editar] Elenco
- Grande Otelo (Macunaíma)
- Paulo José (Macunaíma)
- Dina Sfat (Ci)
- Milton Gonçalves (Jiguê)
- Jardel Filho (Pietro Pietra)
- Rodolfo Arena (Maanape)
- Joana Fomm
- Maria do Rosário
- Hugo Carvana
- Wilza Carla
- Zezé Macedo
- Maria Lúcia Dahl
[editar] Ficha técnica
- Direção, roteiro e produção: Joaquim Pedro de Andrade
- Música: Jards Macalé, Orestes Barbosa, Silvio Caldas e Heitor Villa-Lobos
- Fotografia: Guido Cosulich e Affonso Beato
- Desenho de Produção: Anísio Medeiros
- Figurino: Anísio Medeiros
- Edição: Eduardo Escorel
Resenha do filme:
Filme de Joaquim Pedro de Andrade, baseado na obra de Mario de Andrade, lançado em 1969, em cores, com a duração de 108 minutos. Traz no elenco grande nomes como: Grande Otelo, Paulo José, Dina Sfat, Milton Gonçalves, Jardel Filho, Rodolfo Arena, Joana Fomm, Maria do Rosário, Hugo Carvana, Wilza Carla e Zezé Macedo. O filme começa com o parto de Macunaíma, um herói preguiçoso, safado e sem nenhum caráter. Ele não trabalha, fica catando saúvas e atrapalhando os irmãos, Jiguê e Maanape. Só começa a falar com 6 anos e só andava quando era para nadar ou quando ouvia barulho de dinheiro. Sua cunhada, Sofará, que era índia e feiticeira, lhe dá um cigarro que tira “das partes” . Ele vira um príncipe branco e eles se tornam amantes. A traição é descoberta, Jiguê expulsa Sofará e arruma outra esposa, Iriqui. Vendo como era indolente e egoísta, a mãe o expulsa para a floresta. Perambulando sem rumo, Macunaíma encontra o Curupira, que tenta enganá-lo. Ele se esconde na casa de uma velha, que o ensina o caminho de volta para casa. Quando chega em casa, sua mãe morre. Ele e os irmãos resolvem ir para a cidade grande. No caminho, encontram uma fonte, onde Macunaíma se banha e se transforma em branco novamente. Chegando à cidade, Iriqui vira prostituta e vai embora. Macunaíma sofre um grande choque, pois não entende as máquinas. Fica dias sem comer e sem dormir, até que os irmãos resolvem levá-lo para passear. Ele conhece Ci, uma guerrilheira vivida por Dina Sfat. Eles se apaixonam e vão morar juntos. Macunaíma abandona os irmãos e fica em casa, enquanto Ci vai para as ruas. Ela tem um cordão com uma pedra, a muiraquitã, que possui poderes mágicos. Em seis meses, ela tem um filho negro. Em uma ação, ela esconde uma bomba no carrinho do menino. A bomba explode matando os dois. Ele fica inconsolável e vai para um bordel com os irmãos. Macunaíma fica sabendo pelo jornal que um comerciante, Venceslau Pietro Pietra, encontrou a muiraquitã e resolve reaver o cordão. Ele se veste de mulher, mas não consegue. Então ele vai a um terreiro, onde pede a uma pomba gira para dar uma surra no comerciante. O gigante sofre muito e vai se recuperar na Europa. Algum tempo depois, o comerciante retorna e o convida para o casamento de sua filha, onde vai haver uma feijoada. Quando Macunaíma chega na casa, está acontecendo uma espécie de bingo, onde os sorteados são jogados na piscina, que é a feijoada. Durante o filme, percebe-se que as filhas e a esposa de Venceslau são bruxas. Macunaíma consegue arrancar a pedra do pescoço do gigante e o joga na piscina-feijoada. Ele e os irmãos resolvem voltar para casa, levando uma prostituta chamada Princesa, e vários eletrodomésticos. Macunaíma lembra de Ci e diz que ela virou uma estrela que vive no céu. Como no filme todo, ele não trabalha, despertando a raiva dos irmãos e de Princesa, que o abandonam sozinho na tapeira. O tempo passa e ele encontra um papagaio, com quem conversa e conta as histórias de sua aventura na cidade grande. Um dia resolve ir tomar banho no rio, onde vê Uiara, a sereia que o encanta e ele mergulha, e acaba sendo devorado. Nos diálogos do filme, usam-se diversos ditados populares,rimas, trovas de domínio público, piadas e frases que revelam a tentativa de Joaquim Pedro de Andrade resgatar a identidade nacional que levou Mario de Andrade a escrever o livro em 1926. A história é um coquetel fantástico do folclórico e do popular do Brasil.
