Maciço Vinson
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O Monte Vinson, a que são atribuídas as altitudes de 4897 ou 5140 metros segundo os autores, é o ponto culminante do continente Antárctico. Situa-se no maciço homónimo que faz parte de um dos ramos (o Sentinel Range), da cordilheira Ellsworth, no extremo sul da Península Antárctida, à latitude de 78º 35´ S e longitude de 85º 25´W. O maciço de Vinson recebeu o nome do congressista americano Carl G. Vinson devido ao fato deste ter persuadido o governo dos Estados Unidos a promover uma expedição ao continente Antárctico.
Apesar das Ellsworth Mountains contarem ainda com vários picos virgens, o Vinson constitui sem dúvida a grande atração da cordilheira. Isso deve-se, sem dúvida, ao facto do Vinson ser um dos "Sete Cumes": uma das sete montanhas mais altas de cada continente, a par do Everest (Ásia), Aconcágua (América do Sul), Denali (América do Norte), Elbrus (Europa), Kilimanjaro (África) e Pirâmide Carstensz (Oceania).
A ascensão do Vinson não é considerada tecnicamente difícil mas as condições climatéricas extremas fazem com que a sua ascensão constitua um sério empreendimento. Não é raro a temperatura descer abaixo de 40º C negativos mas esta pode atingir valores bem mais baixos, nomeadamente quando a região é varrida por fortes ventos.
[editar] Escalada
A primeira ascensão do Vinson foi realizada, em 1966, pela expedição americana liderada por Nicholas B. Clinch e patrocinada pela National Geographic Society, National Science Foundation e American Alpine Club. O ponto de partida para a ascensão do Vinson situa-se em Patriot Hills. A ascensão da via normal segue o vale do glaciar de Branscomb desde o campo base situado a 2134 metros até ao campo I a 2774 metros de altitude. O cume piramidal é claramente visível desde o campo I, tal como algumas montanhas vizinhas como a Shinn (4681m) e a Gardner (4587 m). A ascensão pode demorar de dois dias a duas semanas consoante a preparação da equipa e as condições meteorológicas. Os melhores meses para a realização de ascensões são Dezembro, Janeiro e Fevereiro.
[editar] Sete cumes
Monte Everest - 8844m (Ásia)
Aconcágua - 6959m (América do Sul)
Monte McKinley (Denali) - 6193m (América do Norte)
Kilimanjaro - 5895m (África)
Monte Elbrus - 5642m (Europa)
Maciço Vinson - 4897m (Antártida)
Monte Kosciuszko - 2175m ou
Pirâmide Carstensz - 4884m (Oceania)
O norte-americano Dick Bass teria sido, em 30 de abril de 1985, o primeiro a escalar todos os picos mais altos de cada continente. A lista dele, no entanto, inclui o Monte Kosciuszko (com 2.228m), que é o ponto culminante da Austrália, como se esse país fosse um continente, descartando qualquer outra montanha da Oceania.
Essa visão dos Sete Cumes é bastante discutida e haveria praticamente o mesmo número de alpinistas a atingirem os Sete Cumes incluindo o Kosciuszko quanto a cumprirem esta marca escalando, ao invés da montanha australiana, a Pirâmide Carstensz, que é o ponto culminante de toda a Oceania.
Tem se tornado comum também a escalada de ambas as montanhas, mais as outras seis que indubitavelmente fazem parte da lista. O primeiro a obter este feito foi o canadense Pat Morrow, em 5 de agosto de 1986. No mesmo ano, em 3 de dezembro, o lendário alpinista italiano Reinhold Messner igualou a façanha de Morrow.
Completam a lista dos Sete Cumes do mundo o Aconcágua (6.962m), na Argentina, maior montanha da América do Sul; o Kilimanjaro (5.895m), na Tanzânia, África; o Elbrus (5.642m), na Rússia, Europa; o McKinley (6.194m), nos EUA (Alasca), América do Norte; o Vinson (4.892m), na Antártica; e a maior montanha do mundo, o Everest (8.848m), entre o Nepal e o Tibet, na Ásia.
Niclevicz teria completado os Sete Cumes escalando o Carstensz, em 1997. Entre os sul-americanos também o chileno Mauricio Purto teria alcançado a meta, em 1993, também escalando as seis montanhas mais o Carstensz, e não o Monte Kosciuzko.