João Rosa
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O Pe. João Rosa assinou actas da Junta de Paróquia de Monte de Fralães entre Fevereiro de 1874 e Janeiro de 1876; dos párocos desta freguesia foi o único que deixou de si memória de intelectual: publicou o livro de viagens Cavalgada, chegou até nós um pequeno livro seu em manuscrito (que pertenceu em tempos a Matias Lima), colaborou com Martins Sarmento na aquisição da Laje dos Sinais e da Fonte da Pegadinha e espaços envolventes, organizou o espólio do seu tio, o Abade do Louro, historiador (este espólio guarda-se na Biblioteca da Fundação Cupertino de Miranda, em V. N. de Famalicão) e dele nos restam outros escritos não publicados. Nas actas, salientam-se algumas, como:
«Acta sobre a nomeação do secretário, tesoureiro, revisão de inventário e necessidade de acudir à sacristia da Igreja paroquial», de 22/2/74, em que se decide pedir subsídio à Bula da Cruzada para a obra e uma subscrição voluntária na freguesia; «Acta sobre a subscrição voluntária para compor a Igreja», de 10/5/74; «Acta sobre a cobrança das esmolas da subscrição voluntária para as obras da Igreja Paroquial»; «Acta sobre o requerimento de petição de esmola do Cofre da Bula»; «Acta sobre a nomeação da comissão para a confecção das matrizes», de 21/1/75; «Acta do orçamento de 1875-1876», de 18/8/76.
As actas que se referem à Igreja Paroquial são importantes, já que a igreja de então era ainda a «igreja velha», que no séc. XVI tinha sido deslocada do monte d’Assaia «à povoação». Como homem de cultura, não lhe escapava a urgência de a manter com dignidade, mesmo que provavelmente já utilizasse a Capela da Confraria.
Em Setembro de 1875, tinha concluído a obra da Igreja e também da residência, com um gasto de 110.600 réis, tendo conseguido da Bula da Cruzada 80.000 e da subscrição voluntária 30.160. Ele emprestou 440 que faltavam.
De Monte de Fralães, o Pe. João Rosa foi paroquiar as Carvalhas.
