Jean Louis Rodolphe Agassiz
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Jean Louis Rodolphe Agassiz (18 de Maio de 1807, Môtier, Suíça - 14 de Dezembro de 1873, Cambridge, EUA) foi um zoólogo e geólogo suíço que se tornou num importante cientista.
[editar] Infância e Educação
Louis Agassiz nasceu em Môtier (Vully), no cantão de Friburgo, Suíça. O início da sua educação começou em casa, seguido de quatro anos numa escola secundária em Bienne (alemão Biel), completou os seus estudos elementares na academia de Lausanne. Seleccionando a medicina como a sua profissão, estudou nas universidades de Zurique, Heidelberg e Munique. Em seguida aumentou o seu conhecimento nos processos biológicos, especialmente na Botânica. Em 1829, doutorou-se em Erlangen e em 1830 doutorou-se em medicina em Munique.
Mudou-se para Paris e ficou sobre a tutela de Alexander von Humboldt e de Georges Cuvier, que o lançaram nas suas carreiras da Geologia e do Zoologia respectivamente. Até esta altura não prestou nenhuma atenção especial ao estudo da Ictiologia, a qual se transformou na grande ocupação de sua vida, ou pelo menos na área em que actualmente é mais recordado.
[editar] No Brasil
Em 1819-1820, Johann Baptist von Spix e Carl Friedrich Philipp von Martius estiveram envolvidos numa expedição no Brasil, e no seu regresso a Europa, entre outras colecções biológicas, trouxeram um importante conjunto de peixes de água doce do Brasil, especialmente do rio Amazonas.
A importância de Agassiz, segundo a obra "Brasiliana da Biblioteca Nacional", página 60, reside no fato de que ele "parece ter sido um dos que demarcaram os novos limites entre textos científicos e relatos de viagem. O texto Viagem ao Brasil (1867) foi redigido por sua esposa Elisabeth, que se encarregou dos detalhes pitorescos, das descrições de paisagens e da narrativa de suas peripécias. O naturalista aumentou o texto com notas que explicavam de forma aprofundada o que Elisabeth expusera de forma geral e acrescentou-lhe um capítulo final e um apêndice."
Por outro lado, diz a "Brasiliana" abaixo citada, em sua página 75, que como Arthur de Gobineau, representou o ponto de vista do racismo científico entre nós. "Preocupado com as sociedades que se estabeleceriam após a abolição da escravidão nas Américas, Agassiz, assim como Gobineau, criticava a mistura étnica. Nesse sentido, sua viagem ao Brasil, realizada entre 1865 e 1866, tornou a Amazônia uma espécie de laboratório de estudos sobre a mestiçagem brasileira e pretendeu fortalecer o campo político de parte da elite norte-americana que pregava a segregação dos negros. Ele diz, explicitamente:
- "Aqueles que põem em dúvida os efeitos perniciosos da mistura de raças e são levados, por falsa filantropia, a romper todas as barreiras colocadas entre elas deveriam vir ao Brasil."
Na Amazônia, Agassiz realizou entre 1865 e 1866 fotos de habitantes de cunho menos artístico que, por exemplo, as fotos tiradas por Albert Frisch, pois os retratou em poses típicas da antropometria, que davam destaque à conformação das partes dos corpos e suas proporções, sem preocupação com a inserção dos indígenas em seu ambiente.
[editar] Bibliografia
- "Brasiliana da Biblioteca Nacional", Rio de Janeiro, 2001.
- AGASSIZ, Louis e Elisabeth Cary Agassiz, "Viagem ao Brasil", Belo Horizonte/São Paulo, Itatiaia/EDUSP, 1975.
Agassiz é a abreviatura padrão de Jean Louis Rodolphe Agassiz. Consultar a lista de abreviaturas do nome de botânicos e micologistas |
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