Guerra Luso-Neerlandesa
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| Guerra Luso-Neerlandesa | |||||||
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| Parte da Guerra dos Oitenta Anos | |||||||
 Armada Portuguesa Vs Companhias Holandesas |
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| Intervenientes | |||||||
 (sob coroa Espanhola) ,  Reino de Espanha, Reino de Cochim |
 República das Sete Províncias Unidas  Reino da Inglaterra, Sultanato de Johor, Reino de Kandy , Reino do Congo, Reino de Ndongo-Matamba, Tupis do Rio Grande, Tribo Tarairiu de Nhandui, Tribo Potiguar |
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| Principais líderes | |||||||
| º Vice-Rei Pedro da Silva º Capitão-Mór António Teles de Meneses º Comandante Nuno Álvares Botelho º Governador-Geral Matias de Albuquerque º Almirante D. Fadrique de Toledo Osório. |
º Conde Maurits van Nassau-Siegen º Almirante Piet Hein º Almirante Adam Westerwolt º General Gerard Hulft º Barão de Cumberland |
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A Guerra Luso-Neerlandesa foi um conflito armado entre forças Holandesas, na forma da Companhia Holandesa das Índias Orientais e da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, e as colónias Portuguesas.
Iniciando-se em 1588, o conflito caracterizou-se principalmente pelas invasões das Companhias Holandesas às colónias Portuguesas nas Américas, África, Índia e extremo oriente. Esta guerra pode ser considerada como uma extensão da Guerra dos Oitenta Anos travada na altura na Europa entre a Espanha e a Holanda, pois Portugal permaneceu unificado sob a coroa Espanhola durante a quase completa duração do conflito. No entanto, o conflito esteve pouco relacionado com a guerra na Europa e serviu principalmente o propósito do estabelecimento de um império ultramarino Holandês assim como o domínio destes do comércio das especiarias em detrimento dos enfraquecidos Portugueses. Forças Inglesas também auxiliaram os Holandeses em certos estágios da guerra.
A guerra resultou na fundação do que seria uma forte presença Holandesa no extremo oriente. As ambições Holandesas noutros teatros de competição económica foram em grande parte invertidas pelos esforços Portugueses. Os interesses Ingleses beneficiaram também do conflito prolongado entre os seus dois principais rivais no oriente.
Índice |
[editar] Introdução
Esta guerra decorreu primariamente nos finais do século XVI e inícios do século XVII. Opôs sobretudo os países de Portugal e Holanda. A República Neerlandesa é geralmente considerada como o agressor pois o seu ataque às possessões coloniais Portuguesas foi de acordo com quaisquer critérios, unilateral e a iniciativa da guerra coube sempre ao lado Holandês.
Por outro lado, poderia ser invocado que estando Portugal sob domínio Espanhol durante o curso da maior parte do conflito, (depois da forçada ocupação de Portugal continental por Filipe II de Espanha em 1580) e combatendo por sua vez a Espanha os Holandeses na Flandres tentando eliminar a rebelião também conhecida pela Revolta Holandesa era por conseguinte legítimo que a Holanda levasse a guerra a todos os cantos do Império Espanhol. Este argumento não pode no entanto ser levado em conta realisticamente já que a República Holandesa prosseguiu com a guerra mesmo depois da Restauração Portuguesa de 1640.
Como será analizado mais à frente, a verdadeira motivação da guerra foi a tentativa Holandesa de tomar o controlo do comércio de especiarias da Índia, e isso não é consistente com nenhuma justificação téncica de defesa militar.
[editar] Casus Belli
Em 1602 a Verenigde Oost-Indische Compagnie (Companhia Holandesa das Índias Orientais ou VOC) foi fundada, com o objectivo de partilhar os custos da exploração das Índias Orientais e eventualmente re-estabelecer o comércio das especiarias, vital fonte de rendimentos da novíssima República das Sete Províncias Unidas.
A República encontrava-se na altura em luta com os Habsburgo pela sua independência e a razão pela qual os Holandeses procuraram apoderar-se do comércio das especiarias foi a sua sobrevivência económica. Até à união das coroas Portuguesa e Espanhola (respectivos territórios exibidos acima), os mercadores Portugueses usavam os países baixos como plataforma de introdução das suas especiarias no norte da Europa. No entanto, depois da anexação Espanhola de Portugal, estes declararam um embargo a todas as transacções comerciais com as Províncias Unidas (territórios secessionistas desde os acordos da União de Utrecht).
Isto significava que a partir deste momento todo o comércio seria feito através dos países baixos meridionais (Bélgica) , os quais de acordo com a União de Arras ou (União de Atrecht) eram fiéis ao monarca Espanhol e professavam o Catolicismo Romano, contrastando com o norte Holandês protestante. Isto significava ainda que os Holandeses acabavam de perder o seu mais lucrativo parceiro comercial e a sua mais importante fonte de financiamento da guerra contra Espanha. Adicionalmente eles perderiam o seu monopólio de distribuição na França, no Sacro Império Romano-Germânico e norte da Europa. A sua indústria de pescas do mar do norte e as actividades comerciais cerealíferas no Báltico não seriam simplesmente suficientes para manter a República.
[editar] Implicações
Os principais vencedores foram claramente a Holanda e a Inglaterra. A primeira porque consolidou a sua independência e formou um império colonial, apesar dos grandes custos e desperdício de recursos melhor utilizados na prevenção da rivalidade económica Inglesa. A segunda porque derrotou a maior ameaça à sua autonomia através da sabotagem das rotas marítimas Espanholas, e porque conseguiu que os seus principais parceiros económicos (e potenciais rivais) entrassem em guerra entre si.
[editar] Ver também
- Inquisição
- Guerra dos Oitenta Anos
- Guerra dos Trinta Anos
- Portugal
- Império Português
- Holanda
- Império Colonial Holandês
- Guerra
- Invasões holandesas do Brasil
