Glândula sudorípara
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
As glândulas sudoríparas dos mamíferos são glândulas que produzem o suor, função importante para regular a temperatura do corpo e eliminar substâncias tóxicas. São glândulas tubulares enroladas derivadas das camadas exteriores da pele mas se extendendo até a camada interna. Elas estão distribuidas por quase toda superfície do corpo em humanos e várias outras espécies, mas não são encontradas em algumas espécies marinhas e que vestem pele.
As secreções de glândulas sudoríparas variam muito. Em humanos, existem dois tipo de glândulas sudoríparas:
- Glândulas sudoríparas ecrinas, que são distribuídas por toda a superfície do corpo. Elas produzem suor que é composto em sua maior parte de água com vários sais. Essas glândulas são usadas para a regulação da temperatura do corpo.
- Glândulas sudoríparas apócrinas, que produzem o sucor que contém materiais gordurosos. Essas glândulas estão principalmente presentes nas axilas e em volta da área genital e sua atividade é a principal causa do odor do suor, devido aos fungos que quebram os compostos orgânicos no suor dessas glândulas. O estresse emocional aumenta a produção de suor das glândulas apócrinas, ou mais precisamente: o suor já presente no túbulo é empurrado para fora. As glândulas sudoríparas apócrinas servem basicamente como glândulas de cheiro.
As primeiras glândulas funcionam desde que a gente nasce, fazendo o suor ser eliminado por todos os poros. Prova disso é o suor típico de quando a temperatura do nosso corpo se eleva, seja por estarmos correndo, pulando, seja por causa de uma febre. Esse tipo de suor, o écrino, é composto quase que totalmente só de água, portanto não reage provocando grandes fedores.
O suor humano é composto primariamente de água, com diversos sais e compostos orgânicos em solução. Ele contém quantidades mínimas de materiais gordurosos, uréia e outras excreções. O suor de outras espécies normalmente difere do humano em sua composição.
Em algumas áreas do corpo, as glândulas sudoríparas são modificadas para produzir secreções, incluindo a cera de ouvido. Outros são bastante alargadas, e modificadas para produzir leite.
[editar] Hiperidrose
A hiperidrose localizada é caracterizada pela transpiração abundante localizada principalmente nas axilas, mãos, face e pés.
A doença pode acometer outras partes do corpo como o tronco e o couro cabeludo.
A hiperidrose atinge pessoas que estão entre a faixa etária adolescente-jovem-adulto, e incide entre 1% e 2% da população.
Os sintomas são muito angustiantes e constrangedores, acarretando enormes prejuízos sociais, profissionais e, sobretudo, psíquicos aos seus portadores.
Ela aparece na infância e permanece o resto de sua vida e o agravamento dos sintomas ocorre geralmente na puberdade.
A incidência é igual para ambos os sexos, entretanto, o suor excessivo nas axilas predomina mais nas mulheres.
[editar] Tratamentos
Existem dois tipos de tratamentos para a hiperidrose: o temporário ou paliativo, e o definitivo ou cirúrgico.
Nos tratamentos paliativos utilizam-se várias técnicas, ou seja, por meio de desodorantes, iontoforese, medicamentos, ou injeção de toxina botulínica.
Nos tratamentos definitivos ou cirúrgicos para a hiperidrose temos principalmente: a retirada por lipoaspiração da região axilar das glândulas que produzem o suor, ou a simpaticotomia torácica.
Nem todos os pacientes com hiperidrose podem ser submetidos à cirurgia, principalmente nos casos de hiperidrose secundária que é decorrente de condições que levam ao aumento da atividade simpática (hipertireoidismo, menopausa, distúrbios psiquiátricos, síndrome paraneoplásica, obesidade, etc.) em que, normalmente, a sudorese acomete todo o corpo.