Geografia de Marília
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Os estudos geográficos do município de Marília apontam que a cidade está em toda sua extensão situada sobre o ramo ocidental da Serra dos Agudos que a atravessa de leste a oeste (englobando inclusive os municípios vizinhos). Os rios então, nascem nestas serras e fluem para dois lados: norte (para o Rio Aguapeí) ou sul (para o Rio do Peixe). A região tem pouca vegetação nativa, há predomínio de campos abertos e vegetação rasteira.
Índice |
[editar] Topografia
Os contrafortes da Serra dos Agudos terminam geralmente em paredões de grés revestidos de vegetação. Dentro do município recebe algumas denominações especiais: Serra de Avencas, Serra de Cincinatina (onde fica o Morro Redondo); Serra do Tiveron: Serra do Macuco e Serra de Casa Grande.
O engenheiro João Baptista Meiller estudou a região. Num de seus relatos conta:
Percorramos, entretanto, o seu trecho mais interessante, de Marília a Nova Colômbia. Saindo de Marília, para o sul, percorre-se, por entre cafezais virentes, uns 8 Km em terreno mais ou menos plano: é que a estrada culmina um contraforte da Serra dos Agudos, entre dois afluentes do Peixe. De súbito, porém, depois dos últimos pés de café, surge a nossa direita um panorama novo: é o vale do Rio do Peixe, que corre, lá embaixo a uns 200 metros de desnível e a uma distância de uns 10km. E, no horizonte, a Serra do Mirante!... Serra? Mas aquilo não é serra com seus pontiagudos, como a dos Órgãos! É um taboleiro, algo ondulado, tal como a Serra de Agudos, onde nos achamos, com a mesma altitude (uns 600 m). Aproximando-nos do despenhadeiro, verificamos que ele circunda os afluentes do Peixe, recoberto, aqui, de exuberante vegetação que lhe nasce às ilhargas, desnudo ali, exibindo, em suas camadas estratificadas, a origem sedimentária desses terrenos, com alforamentos de seixos rolados entre algumas delas.
[editar] Hidrografia
Estando situado no espigão constituído pela Serra dos Agudos, todos os seus rios correm para a Bacia do Peixe ou para a Bacia do Rio Feio.
[editar] Rio do Peixe
O Rio do Peixe, que nasce no município de Garça, corta a parte sul do município de Marília. Os fluxos hídrícos que nascem na parte sul do espigão da Serra dos Agudos correm a seu encontro. Em Marília os principais afluentes do Rio do Peixe são:
Pela margem direita.
- Ribeirão do Alegre: nasce a 10 Km, em Gália, corre em rumo geral no sentido oeste até sua confluência com o Rio do Peixe a sudeste da cidade de Marília.
- Ribeirão do Barbosa (poluído): nasce em Marília, na Fazenda Altair. Corre no sentido sudoeste desagüando no Peixe.
- Rio do Pombo ou Barra Grande (poluído): nasce na cidade de Marília, despejando suas águas, 40 Km depois, no Rio do Peixe. Possui vários afluentes como o Córrego São Francisco, Invernada, Trombador e Santa Maria, Ferrugem, Santana, Santo Antônio e Flor Roxa.
- Ribeirão da Prata: tem as suas cabeceiras no bairro do Prata e, após um percurso de 14 Km, deságüa no Peixe.
Pela margem esquerda.
- Rio Três Lagoas: nasce na divisa sul entre Marília e Echaporã. Tem 6 Km de extensão desagüando no Peixe.
[editar] Rio Aguapeí
Como o Rio do Peixe, o Rio Aguapeí ou Feio nasce em Garça, mas na parte norte do espigão da Serra dos Agudos. Como Marília fica sobre a serra, os rios que ficam no norte da cidade correm no sentido norte até o encontro com o Aguapeí, que faz a divisão do município com Getulina. Seus afluentes que passam por Marília, todos da margem esquerda, são:
- Ribeirão dos Índios (poluído): nasce a 7 Km de Marília, correndo na direção nordeste e depois de um curso de 18 Km, deságua no Rio Aguapeí.
- Corrego do Forquilha: faz a divisa entre Marília e Garça, de sua nascente até a foz.
[editar] Demografia
[editar] Referências
[editar] Bibliográficas
Póvoas, Glycerio; Serviço de Estatística da Prefeitura de Marília; Monografia pelo professor Glycerio Póvoas - Volume 1. Marília: 1947.