Gazeta do Oeste
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Fundada pelo jornalista Antônio Eustáquio Rodrigues Cassimiro, a Gazeta do Oeste é um jornal semanal, editada e publicada em Divinópolis (Minas Gerais) e circula todos os sábados na região Centro-Oeste de Minas Gerais.
A Gazeta do Oeste, desde o seu início, resolveu adotar um formato diferenciado dos demais jornais do interior mineiro, fugindo do tradicional e desconfortável standart.
Depois de muita pesquisa entre os principais jornais brasileiros e vários outros da Europa, o formato adotado foi o Tablóide Berlinense (ou Europeu/Americano), o que de acordo com nossos estudos, dá mais conforto ao formato de páginas leitor na hora da leitura, sem perder muito espaço de matérias e anúncios, o que acontece com o talóide tradicional.
[editar] Sede
A sede da Gazeta do Oeste está localizada na cidade de Divinópolis, região centro oeste do estado de Minas Gerais, com fácil acesso às principais cidades pólo do sudeste brasileiro, o que facilita tanto o acesso a fornecedores, bem como a clientes. A Gazeta do Oeste é distribuida através de assinaturas e cortesias nas principais cidades do centro-oeste mineiro.
Divinópolis, por ser o pólo da região, é o ponto principal de circulação do jornal e onde se concentra as maiores tiragens, ou seja, cerca de 70% dos exemplares. Divinópolis é a cidade pólo do Alto São Francisco, conhecida pelas qualidades de suas confecções, mas destacada também pela prestação de serviços profissionais liberais, pelos serviços da administração pública, pelo comércio diversificado e pela qualidade de suas escolas de ensino regular e de graduação superior em mais de 15 áreas.
A população estimada pelo IBGE é de cerca de 184 mil habitantes. Segundo dados do Censo de 2000, o município apresenta um quadro social com alta taxa de alfabetização (94,7%), mais mulheres (94 mil) que homens (90 mil), concentração maior no perímetro urbano (96,7%) da população. A cidade apresenta uma taxa de crescimento populacional na ordem de 4,2% ao ano. Ao final dos anos 70, os problemas econômicos da indústria siderúrgica, forçaram a demissão e o fechamento de empresas.
As dificuldades provocaram o surgimento da indústria da confecção, que contornou o desemprego crescente e se transformou em importante alternativa econômica.
O efeito imediato foi o incremento da construção civil e dos transportes rodoviários e uma moderada redução dos problemas sociais. Hoje, cerca de 14 mil pessoas, estão diretamente empregadas nesse setor, mantendo aceitável o nível de desemprego.
O desenvolvimento do sistema ferroviário, em suas diversas épocas, ofereceu oportunidade de instalação de indústrias siderúrgicas, de metalurgia e aciaria, mantendo razoável nível de emprego e de qualidade de vida, além de elevado índice de desenvolvimento social.
[editar] História
De acordo com dados do SEBRAE, mais da metade das pequenas empresas criadas no Brasil, encerram suas atividades antes de completar dois anos. É um dado desanimador, capaz de destruir qualquer iniciativa de quem quer aventurar-se na iniciativa privada. Dependendo da escolha do empreendedor, a possibilidade de sucesso é ainda menor.
Outra estatística mais desestimuladora para quem investe no setor de livros ou da imprensa escrita é em relação ao reduzido número de pessoas que lêem no Brasil. A compra de um livro ou jornal e uma das últimas opções onde o brasileiro estaria disposto a gastar seu suado dinherinho. Mas apesar de todas estas projeções, que não são supertições, investir e sobreviver unicamente do jornalismo escrito é um desafio para quem tem ousadia. Quando a Gazeta do Oeste nasceu, talvez a realidade econômica do País era muito mais inóspita que agora.
Era o ano de 1993 e o Brasil acabava de sair da chamada "década perdida" e apesar do fim da ditadura política, que permitia a liberdade de imprensa, a ditadura econômica ainda era perversa. Depois de tantos planos, todos falidos, uma inflação perversa inibia qualquer iniciativa.
Mas a década de 90, apesar de todas as pequenas empresas que nasciam e morriam precocemente, o brasileiro nunca deixou de acreditar na possibilidade de ser dono do próprio negócio. Antônio Eustáquio Rodrigues Cassimiro foi um deles. Como se pregava nos cursos de auto-ajuda da época, ele decidiu "empurrar sua vaquinha no precipício". Deixou o Jornal Agora e criou a Gazeta do Oeste. Valendo-se de sua experiência como radialista e no Jornal Agora, encarou o desafio de ter o seu próprio órgão de imprensa.
Contrariando as estatísticas, a ME (microempresa) sobreviveu aos fatídicos dois anos. Os desafios foram muitos, mas a Gazeta do Oeste sobreviveu às crises. Quando tinha sua gráfica no bairro Esplanada, também mantinha sucursais em várias cidades da região. Fornecia vários empregos diretos e indiretos, mas a realidade do mercado mudou e o parque gráfico foi desmontado, passando a terceirizar o serviço de impressão.
Hoje, a Gazeta do Oeste está instalada no centro de Divinópolis. Apesar das dificuldades de se manter um jornal no interior, o ideal de Antônio Eustáquio continua vivo: manter uma empresa jornalística livre e dela tirar a vivência e ainda fornecer empregos. Nos tempos quando não existia faculdade, a Gazeta foi o despertar da vocação de muita gente que hoje faz faculdade. Cumprindo sua missão de despertar o gosto e a paixão pelo jornalismo, a empresa mantém um programa de estágio.
A publicação da Gazeta do Oeste é o único jornal da cidade onde seus proprietários vivem exclusivamente da área jornalística.
Talvez esta dedicação e paixão tenham sido os critérios que tornou com a Gazeta do Oeste um dos melhores jornais do interior mineiro.