Escrava Isaura (telenovela)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Escrava Isaura foi uma telenovela brasileira produzida pela Rede Globo e levada ao ar no horário das 18 horas, de outubro de 1976 a fevereiro de 1977. É uma adaptação do romance de Bernardo Guimarães, feita pelo novelista Gilberto Braga, com direção de Herval Rossano e Milton Gonçalves.
Índice |
[editar] Enredo
No ano de 1865, Isaura é uma escrava branca que sabe apenas que a sua mãe, a linda mulata Juliana, foi mucama na fazenda onde vive, em Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro. Órfã desde o nascimento, Isaura recebeu o amparo da sua senhora, dona Ester, que lhe dedica as mesmas atenções e afeto que a uma filha, mas é desprezada pelo seu senhor, o Comendador Almeida. Dócil e submissa, mesmo assim, a escrava sonha em conquistar a sua liberdade. Desde que descobriu o paradeiro da filha, seu pai, o ex-feitor Miguel, luta para comprar a escrava e dar a liberdade a Isaura.
O amor surge na vida da moça na figura de Tobias, proprietário de um engenho vizinho. Envergonhada, ela não revela suas origens ao rapaz e passa a se encontrar com ele em segredo. O romance vai bem até a volta do mesquinho Leôncio, o filho dos senhores de Isaura, da Europa. A beleza de Isaura impressiona-o. Acreditando que ela seja uma presa fácil para os seus caprichos, persegue-a insistentemente.
Com a morte de Ester, sua protetora, Isaura se vê cada vez mais acuada. A escrava revela sua condição a Tobias, e ele tenta, de todas as maneiras, obter licença para se casar com ela. Mas Leôncio está cada vez mais obcecado por Isaura. Tanto que não hesita em pôr fogo numa cabana onde estava Tobias, que morre carbonizado. Entretanto, Leôncio não contava que lá estava também Malvina, sua mulher, com quem havia se casado por interesse.
A vida de Isaura transforma-se em uma sucessão de suplícios inflingidos por Leôncio, que não hesita nem mesmo em poupá-la do tronco, como forma de castigo. Sua única esperança é fugir, o que finalmente consegue com a ajuda do pai Miguel e de um casal de escravos amigos, André e Santa. Enquanto Leôncio os procura desesperadamente, os fugitivos vão parar em Barbacena, em Minas Gerais, onde Isaura assume outra identidade, Elvira, com medo de ser descoberta. É quando ela conhece Álvaro, um jovem e rico abolicionista que se apaixona por ela. Mas a moça, depois da morte de Tobias, passou a viver como viúva, e tem como única preocupação juntar dinheiro o suficiente para fugir do país e do alcance de Leôncio.
Álvaro, no entanto, consegue conquistar seu coração e a convence a deixar a reclusão em que vivia e ir a um baile. Descuido total, pois ela é desmascarada por Martinho, um caçador de recompensas, denunciada e finalmente capturada por Leôncio. Este, por má administração de seus negócios e se vendo na iminência da falência, casa-se, pela segunda vez, com a jovem e rica Aninha Matoso. Louco por sentir-se rejeitado por Isaura e enfurecido por saber que a escrava ama outro homem, Leôncio resolve casar Isaura com o velho Beltrão, jardineiro aleijado do engenho, apaixonado por ela.
[editar] Ficha técnica
- Rede Globo, às 18 horas
- Estréia: 11 de outubro de 1976
- Término: 5 de fevereiro de 1977
- Número de capítulos: 100
- Adaptação de Gilberto Braga
- Direção geral: Herval Rossano
[editar] Elenco
- Lucélia Santos - Isaura
- Rubens de Falco - Leôncio
- Edwin Luisi - Alvaro
- Roberto Pirillo - Tobias
- Norma Blum - Malvina
- Gilberto Martinho - Comendador Almeida
- Beatriz Lyra - Ester
- Zeny Pereira - Januária
- Átila Iório - Miguel
- Mário Cardoso - Henrique
- Elisa Fernandes - Taís
- Dary Reis - Conselheiro Fontoura
- Léa Garcia - Rosa
- Isaac Bardavid - Francisco
- Haroldo de Oliveira - André
- Maria das Graças - Santa
- Ângela Leal - Carmem
- Ítalo Rossi - José
- Francisco Dantas - Sr. Matoso
- Myrian Rios - Aninha Matoso
- Carlos Duval - Beltrão
- André Valli - Martinho
- Clarisse Abujamra - Lúcia
- José Maria Monteiro - Capitão Andrada
- Gilda Sarmento - Carolina
- Ary Coslov - Geraldo
- Neusa Borges - Rita
- Edyr de Castro - Ana
- Lady Francisco - Juliana
Participação Especial:
- Henriette Morineau - Mme. Madeleine Besançon
[editar] Trilha sonora
- "Prisioneira" - Elizeth Cardoso
- "Amor Sem Medo" - Francis Hime
- "Retirantes" - Dorival Caymmi (Tema de abertura)
- "Nanã" - Orquestra Som Livre
- "Banzo" - Tincoãs
- "Mãe Preta" - Coral Som Livre
[editar] Curiosidades
- Desde a sua primeira exibição, esta versão global de Escrava Isaura já foi reapresentada cinco vezes: a primeira entre 29 de agosto de 1977 e 16 de janeiro de 1978, às 13h30 horas; na segunda vez, compactada em trinta capítulos reeditados por Ubiratan Martins, foi reapresentada às 18h00 horas entre dezembro de 1979 e janeiro de 1980; a terceira vez, dentro do programa matinal TV Mulher, a partir de setembro de 1982; a quarta, somente para o Distrito Federal, num compacto em 1985, às 20h30 horas, logo após o Jornal Nacional, num horário em que no resto do país era exibido o "Horário Eleitoral Gratuito"; e a quinta num compacto apresentado em 1990, como a última atração dentro do Festival 25 Anos da Rede Globo.
- Foi a telenovela que mais viajou pelo mundo, exibida em mais de cem países, e a primeira a ser traduzida para o russo.
- A Rede Record exibiu uma segunda versão da telenovela, exibida de 18 de outubro de 2004 a 29 de abril de 2005, no horário de 19h30 horas.
- A coleção Som Livre Masters - trilhas lançou a trilha sonora original de "Escrava Isaura" pela primeira vez em CD.
Novelas "das seis" da Rede Globo
O feijão e o sonho « anterior | Escrava Isaura | seguinte » À sombra dos laranjais |