Brega
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Sinta-se livre para editá-la para que esta possa atingir um nível de qualidade superior.
Brega, na expressão popular, com origem nordestina, significa `lupanar, prostíbulo´ Também tem a acepção de `deselegante, cafona´, em uma clara referência ao estilo de seus freqüentadores.
Na música popular brasileira, ou MPB, designa, finalmente, um gênero musical de cunho popular ou determina ainda a arte de pouco refinamento ou de pouca qualidade. A denominação, originalmente de cunho pejorativo e discriminatório, foi entretanto sendo incorporado e assumido, perdendo com o tempo esta acepção.
[editar] Histórico
Primórdios – Como gênero musical brasileiro, o estilo brega pode encontrar suas raízes em todos os artistas que de alguma forma exibiram em seu repertório canções de melodia forte, mas letras simples e excessivamente romântica (neste caso denominada dor-de-cotovelo), e que pode ser encontrada desde a década de 1930, em Vicente Celestino, como nas músicas O Ébrio e Coração Materno.
Esta temática "romântica" foi seguida, nas décadas posteriores, pelos ritmos samba-canção e bolero, e que fundiram-se num fenômeno de grande popularidade, nas chamadas serestas, que alcançaram grande sucesso no final dos anos 50 e início dos anos 60, nas vozes de cantores como Waldick Soriano, Anísio Silva, Nelson Gonçalves, etc.
Romântico em Excesso - Com a estética dita de bom gosto sendo confrontada, nos anos 60, com a penetração do rock, a música romântica passou a ser qualificada de cafona, principalmente pela juventude da época. O estilo excessivamente romântico passou, então, a ser difundido quase que exclusivamente nas camadas mais populares, e desprezado nas demais. A década de 70 foi, portanto, palco para o surgimento de diversos cantores ditos populares, ao tempo que marcou sua progressiva discriminação -- até porque houve uma identificação destes com a Ditadura Militar, passando a ser sinônimo de alienação ou "escape".
A Consagração Brega - O termo brega foi, nos anos 80, difundido para designar esta forma de música, sintetizando numa palavra, de forma pejorativa, tudo aquilo considerado de mau gosto. É só a partir do final dessa década que o brega sertanejo atinge a classe média, com o sucesso paulatino das duplas de cantores. Os cantores de grande vendagem da classe baixa da população foram assumindo o termo que, então, praticamente perdeu o cunho pejorativo, para designar um estilo "aceitável", não apenas de preferência musical, mas de vestir-se, falar e agir. Marginalizados pela mídia, muitos dos cantores que haviam caído no ostracismo retornam com seus sucessos.
Compreendendo o Brega - O lançamento, em 2002, da obra Eu Não Sou Cachorro Não-Música Popular Cafona e Ditadura Militar, do historiador Paulo César de Araújo, procurou desmistificar a ligação dessa farta produção musical com a Ditadura que vigeu no Brasil de 1964 até 1984, mostrando que ocorrências que remontam a antes deste período, e sobrevivendo a ele; o livro serve para ampliar a compreensão deste fenômeno que inclui não apenas os artistas rotulados como bregas, mas muitos da MPB, como Tim Maia, Fagner, Ângela Rô Rô, etc. o termo teria assim uma história que independe da época ou de um contexto histórico específico, caracterizando, ao contrário, um gênero ou estilo manifestado por características intrínsecas.
[editar] Cantores bregas brasileiros
- A: Adilson Ribeiro; Agnaldo Timóteo; Almir Rogério; Amado Batista; Agepê.
- B: Bartô Galeno; Benito di Paula; Bruno e Marrone (dupla)
- C: Carlos Alexandre; Carmem Silva; Cláudia Barroso; Cláudio Fontana;
- D: Diana; Dom & Ravel (dupla);
- E: Evaldo Braga;
- F: Fernando Mendes; Falcão
- G: Gretchen;
- H - I:
- J: Jane e Herondi (dupla); Jessé; José Augusto; Julio Nascimento :
- K: Kim Marques;
- L: Lindomar Castilho; Luiz Ayrão;
- M: Márcio José; Marquinhos Moura;
- N: Nahim; Nalva Aguiar; Nelson Ned; Nilton César
- O: Odair José; Ovelha
- P: Paulo Massadas (compositor); Paulo Sérgio; Perla;
- R: Reginaldo Rossi; Rita Cadillac; Roberto Carlos; Roberto Villar; Ronaldo Adriano
- S: Sidney Magal;
- T – U: Trio Los Angeles
- V-W: Waldick Soriano; Wando;
- X-Y-Z: