Barra da Tijuca
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A Barra da Tijuca é um bairro nobre da zona oeste da cidade do Rio de Janeiro. Possui 18 quilômetros de praia, sendo a maior da cidade e 3 grandes lagoas principais, além de lagoas menores e canais. Possui quatro vias principais: a Avenida das Américas (principal via do bairro, que segue pelo Recreio dos Bandeirantes e possui cerca de 40 quilômetros), a Avenida Armando Lombardi (continuação da Avenida das Américas e que desemboca no Elevado do Joá), Avenida Ayrton Senna (que liga a Barra ao bairro de Jacarepaguá e a Linha Amarela) e a Avenida Sernambetiba (que corre ao longo do litoral).
A Barra, como é conhecida popularmente, é um bairro relativamente novo, classificada como de médio-alto desenvolvimento humano, tanto pelo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH=0,802) como pelo Índice de Condições de Vida (ICV=0,769), ocupando a sexta posição no critério do IDH e a 11ª no critério do ICV, quando consideradas todas as regiões.
Os dados demográficos indicam que a Região foi a que mais cresceu no Município, na década de 1990: cerca de 44%, ou 124 mil novos habitantes. O maior aumento populacional ocorreu na segunda metade da década, com uma taxa relativa de crescimento de 26%, ou 45.721 mil novos residentes.
Em todas as direções, a vista inclui lagoas e montanhas, ou o próprio mar. As obras de ligação da Barra com o resto da malha urbana, transpondo o Maciço da Pedra Branca (Auto-estrada Lagoa-Barra e Linha Amarela) estão entre as obras mais caras já executadas no Rio, confirmando a opção rodoviária da cidade.
[editar] Histórico
A área do bairro era originalmente uma restinga, composta por dunas de areias brancas cobertas por vegetação arbustiva. Por sua faixa central de areia estende-se a Avenida das Américas, parte da rodovia BR-101, ao longo da qual o bairro começou a crescer.
A praia da Barra, nos anos 60, foi um dos maiores pesqueiros, fazendo com que as noites de verão, com o mar mais calmo, muitos pescadores ficassem por ali, atrás de belas anchovas, pampos, cações e outros tipos de peixes que desapareceram em virtude da poluição de nossa bela praia. As terras onde está a Barra da Tijuca, constituem um grande triângulo cuja base são as praias do litoral e os lados os maciços da Pedra Branca e da Tijuca.
Em 1969, iniciou-se o projeto do plano piloto do bairro, elaborado por Lucio Costa. Ele previa a construção de duas avenidas, a Avenida das Américas e a Avenida Ayrton Senna, além de um regulamento para o desenvolvimento da Barra da Tijuca e dos bairros adjacentes, com a limitação do gabarito dos prédios e a criação de áreas de preservação ambiental. Em meados da década de 1970, já havia alguns condomínios fechados isolados em meio à vegetação predominante, com alguns estabelecimentos comerciais de pequeno e médio porte.
Durante os anos 80, a Barra da Tijuca viu uma explosão demográfica, com praticamente todos os terrenos ao longo das suas avenidas ocupados por grandes condomínios residenciais, parques, supermercados, shopping centers, escolas, hospitais. As avenidas foram duplicadas e receberam sinalização. Nesta época, houve um movimento de emancipação da Barra e bairros vizinhos, mas o resultado do plebiscito foi contrário.
Hoje a região se estabeleceu como a principal zona de atração imobiliária para as classes média e alta da cidade (a consequente oferta de emprego também atraiu favelas), sendo caracterizada por um estilo de vida inspirado pelo subúrbio americano, baseado em condomínios, automóveis e shopping centers. Devido à degradação e engessamento imobiliário do centro da cidade, a Barra tem, ademais, atraído um número crescente de empresas, principalmente do setor de petróleo.
[editar] Curiosidades
Está sendo construída na Barra a nova sala de concertos do Rio de Janeiro, com conclusão prevista pra 2008, cujo nome se inspira na Cidade da Música do parque de La Villete, em Paris. O arquiteto convidado, Christian de Portzamparc, é o autor do projeto da Cité de la Musique original.
De águas esverdeadas e com uma formação de ondas bastante peculiar, a Praia da Barra da Tijuca, a maior da cidade, é uma das mais procuradas pelos praticantes de surfe, windsurfe, bodyboarding e pesca de beira. Com muitos bares, quiosques e restaurantes, a Barra tem atraído um número cada vez maior de visitantes.
Atualmente, a Barra da Tijuca, mais do que um centro de comércio, lazer e entretenimento, tornou-se uma potência econômica, o que acarretou em uma considerável valorização econômica nesta localidade.
Os técnicos do Instituto Pereira Passos da Prefeitura carioca garantem que, até 2005, a região administrativa da Barra - que inclui Barra da Tijuca, Camorim, Grumari, Itanhangá, Joá, Recreio dos Bandeirantes, Vargem Grande e Vargem Pequena - vai passar dos atuais 168,2 mil para 320,1 mil moradores. No mesmo período, bairros como Ipanema, Leblon, Leme, Botafogo, Gávea e Jardim Botânico vão perder população equivalente a 3,6 mil moradores. Na Zona Norte, a Tijuca terá a maior redução no número de moradores - 8.000 até 2005.
Apesar do entusiasmo com a região, intensificam-se temores de que o crescimento desordenado aumente a criminalidade e provoque caos nos sistemas de transporte e saneamento da região, que recolhe anualmente R$ 61,3 milhões de IPTU, ou pouco mais do dobro do montante pago pelos contribuintes de Copacabana (R$ 30,1 milhões). Outra estimativa mostra uma explosão demográfica em Vargem Pequena: habitado por 11,7 mil pessoas hoje, o sub-bairro da Barra da Tijuca registrará um crescimento de 105%, passando para 23,2 mil. Nada menos do que 11,9 mil novos moradores.
Outro fator importante a ser considerado, é o alto índice de alfabetização de adultos da Barra da Tijuca, que está em segundo lugar do Rio de Janeiro com 99,38%, e a renda per capita em mais de R$ 2.400,00.
[editar] Sub-bairros da Barra
- Jardim Oceânico
- Largo da Barra