Barbara Cartland
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Dame Mary Barbara Hamilton Cartland (9 de julho de 1901 — 21 de maio de 2000) foi uma das mais bem-sucedidas escritoras de novelas romancistas. Tornou-se uma das mais populares personalidades da mídia inglesa, aparecendo freqüentemente em eventos e na televisão, vestida em cor-de-rosa e falando sobre amor, saúde e problemas sociais.
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[editar] Vida familiar
Barbara nasceu em Edgbaston, Birmingham, Inglaterra, como a única filha e criança mais velha de um oficial da armada britânica, o major Bertram Cartland, e de sua esposa Mary (Polly) Hamilton Scobell. Sua família pertencia à classe-média, no entanto a situação financeira foi severamente abalada com o suicídio de seu avô paterno, James Cartland, um financista, que atirou em si mesmo após revelar sua falência.
Logo depois, seu pai morreu numa batalha em Flandres, Bélgica, durante a Primeira Guerra Mundial. Sua enérgica mãe abriu uma loja de vestidos para sustentar Barbara e seus dois irmãos, Anthony e Ronald, ambos mortos numa batalha em 1940, durante a Segunda Guerra Mundial. "Pobre eu posso ser" - dizia Polly Cartland - "mas comum eu não sou".
Barbara foi educada em Malvern Girl's College e em Abbey House, uma instituição educacional em Hampshire. Logo Barbara tornou-se uma jornalista bem-sucedida da sociedade e escritora de ficção-romântica. Cartland admitiu que ela foi inspirada inicialmente por Elinor Glyn, uma autora eduardiana, quem ela idolatrou e mais tarde conheceu.
[editar] Novelas
Trabalhando como colunista para London Daily Express, Cartland publicou sua primeira novela, Jigsaw (1923), que tornou-se um bestseller. Ela também começou a escrever e produzir peças picantes, das quais, Blood Money (1926), foi impedida de ser assistida pelo ofício de Lord Chamberlain. Nos anos 20 e 30, Cartland já era uma mulher muito conhecida dentro da sociedade de Londres, notada por sua beleza, charme enérgico e festas. Sua fama também devia-se ao seu senso de vestir-se, pois era uma das primeiras clientes de Sir Norman Hartnell, que fazia vestidos para a rainha Elizabeth II.
Em 1983, Barbara Cartland entrou para o Who's Who britânico, um número de publicações que contêm informações biográficas de vários grupos de pessoas. No mesmo ano, ela também apareceu no Guinness Book of World Records como a autora top-seller do mundo. Seus 723 romances foram traduzidos para mais de 36 idiomas, e Barbara declarou que esrevia um livro a cada duas semanas. Depois de vender um bilhão de livros nos anos 90, a revista Vogue a chamou de the true Queen of Romance ("a verdadeira Rainha do Romance"). Seus leitores e admiradores lhe enviavam 20.000 cartas por ano. Ela tornou-se um esteio da mídia popular pondo sua marca em vestidos rosas e chapéus emplumados. Discursava sobre problemas de amor, de casamento, de política, de religião, de saúde e de moda. Era publicamente contrária à remoção do rezador em escolas estaduais e criticava a infidelidade e o divórcio, embora ela estivesse familiarizada com ambos os "pecados". Também era contra o sexo antes do casamento.
[editar] Casamentos e relacionamentos
Segundo um obituário publicado pelo Daily Telegraph em 22 de Maio de 2000, Cartland quebrou sua primeira promessa de noivado com um oficial, quando ela aprendeu sobre fatos da vida e retrocedeu.
Barbara Cartland foi casada, de 1927 a 1932, com Alexander George MacCorquodale (falecido em 1964), um oficial da armada e herdeiro a uma fortuna de tipografia. A filha deles, Raine MacCorquodale (nascida em 1929), casou-se com Lord Edward Spencer, o pai da falecida Diana, princesa de Gales. Depois do escandaloso divórcio, em 1936, Barbara casou-se com o primo de seu ex-marido, Hugh MacCorquodale, um ex-oficial militar (falecido em 1963). Eles tiveram dois filhos: Ian e Glen.
Barbara manteve uma longa amizade com Louis Mountbatten, primeiro Conde Mountbatten de Burma (tio do Príncipe Philip, Duque de Edimburgo), cuja morte em 1979 foi para Barbara "a maior tristeza da minha vida". Mountbatten acompanhou Cartland em vários trabalhos de instituições de caridade e, inclusive, ajudou Cartland a escrever Love at the Helm, que contém um caráter naval e histórico.
O Mountbatten Memorial Trust, estabelecido pelo sobrinho-neto de Mountbatten, o Charles, Príncipe de Gales, depois do assassinato do comandante na Irlanda, foi o receptor do dinheiro apurado em vendas desse livro em sua exibição em 1980.
Em 1991, a Rainha Elizabeth II condecorou Barbara como Dame Commander com a Ordem do Império Britânico em honra dos 70 anos de constribuição literária, política e social da autora.
Cartland criticava também o divórcio da entiada de sua filha, a falecida Diana, princesa de Gales, causando um distanciamento entre as duas, reconciliado pouco tempo antes do acidente automobilístico fatal que matou a princesa em 1997.
[editar] Influência política
Depois da morte de seu irmão Ronald, um popular membro do parlamento, durante a Segunda Guerra Mundial, ela publicou a biografia dele com um prefácio do primeiro-ministro Sir Winston Churchill. A guerra marcou o início de uma vida dedicada ao bem-estar civil e à política para Cartland, que serviu ao Ofício de Guerra numa capacidade benevolente e na brigada de St. John Ambulance. Em 1953, no Palácio de Buckingham, recebeu a Ordem dos Hospitalários por seus serviços.
Em 1955, Cartland foi eleita conselheira do Conselho Municipal de Hertfordshire como membro do Partido Conservador do Reino Unido, cargo que ocupou durante nove anos. Durante este tempo, ela lutou, com bons resultados, em campanhas por reformas em abrigos de idosos, por melhores salários para parteiras e pela legislação de educação para crianças de ciganos. Ela fundou a National Association of Health, promovendo uma variedade de medicamentos e remédios.
[editar] Morte
A saúde mental e psíquica de Barbara Cartland começou a decair no meio de seus 90 anos, mas seu espírito e coragem permaneceram inalteráveis e ela continuou sendo uma favorita da imprensa, realizando entrevistas com agências de notícias internacionais até seus últimos meses de vida. Uma de suas últimas entrevistas foi com a BBC.
Barbara faleceu aos 98 anos, e seu corpo, como havia pedido, foi enterrado em sua propriedade em Hatfield, abaixo de uma árvore plantada pela rainha Elizabeth I da Inglaterra.