Banda Municipal Maestro Azevedo
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Banda criada no ano de 1914, na cidade de Poços de Caldas, no estado de Minas Gerais - Brasil. A Banda atualmente leva o nome de um de seus principais maestros, Joaquim Lourenço de Azevedo Filho - Maestro Azevedo, comumente conhecido.
Consta-se que em agosto de 1914, alguns músicos das saudosas serenatas organizaram uma bandinha para tocar nas quermesses, leilões, procissões, circos de cavalinhos, touradas e outros eventos. Seu primeiro maestro se chamava Roque que anos depois passou a batuta para o maestro Pedro de Castro o qual trabalhou muito para que a banda fosse a diante.
Na década de 20 a banda foi regida pelo Major Trindade, homem muito progressista e que tinha muito prestígio no meio musical daquela época.
Nesta época a Banda se apresentava com o nome de “Lira de Poços de Caldas".
Em 1931, a banda passou a ser regida pelo maestro JOAQUIM AZEVEDO FILHO, que escreveu lindas peças como dobrados, valsas, tangos, maxixes, choros e outras que são tocadas até hoje pelas bandas da região.
Em 1946 o maestro Joaquim Azevedo Filho mudou-se para São João da Boa Vista para dirigir a banda daquela cidade.
Em 1947 a banda passou a ser regida pelo Professor Abraão, o qual formou grandes músicos, sendo que alguns deles permaneceram na banda até a década de 90.
Na década de 50 a Prefeitura Municipal, por motivo político doou todos os instrumentos e partituras da banda para o Colégio Dom Bosco onde seria formada uma banda, mas que teve pouca duração.
A Banda ficou parada por um ano até que os músicos se reuniram e compraram novos instrumentos e formaram novamente a banda que passou a se chamar LIRA UNIÃO OPERÁRIA.
Foi contratado um copista que, com autorização do Padre Carlos, copiou todas as partituras que haviam sidas tiradas da banda.
Em 1958, a banda passou a ser chamada BANDA MUNICIPAL MAESTRO AZEVEDO, em homenagem ao maestro que mais marcou na historiada banda.Em agosto de 1958 foi eleita uma nova diretoria que criou o estatuto da banda o qual se encontra registrado no Cartório de Títulos e Documentos pela ordem 52, folha 59 do livro 1.
A partir desta data a banda passou a ser regida pelo maestro Benedito Luize.
Em 1978, com a morte do maestro Benedito Luizi, assumiu a batuta o maestro Ataupho Marques de Souza.
Em julho de 1994,a Banda recebeu do ex prefeito de Vespasiano MG., o “DIPLOMA DE HONRA AO MÉRITO” pelos serviços relevantes prestados ao estado de Minas Gerais.
Em maio de 1996, a Banda recebeu da Câmara de Vereadores o diploma de “GRATIDÃO DA CIDADE”, pelos serviços prestados à comunidade de Poços de Caldas.
Em 1997, por motivo de saúde o Maestro Ataupho Marques de Souza se afastou da banda.
Neste ano assumiu a regência o maestro Otávio Quartier costa o qual permaneceu por um ano.
Em 1998, assumiu a regência da banda o Maestro Miguel Francisco de Brito, o qual permanece até hoje.
No dia 16 de junho de 1999, morre o maestro Ataupho Marques de Souza.
Quando foi assentado o paralelepípedo de número 1.000.000 (um milhão) na esquina das ruas Assis Figueiredo e Pernambuco.
Obs.: A pedra com a inscrição numérica se encontra no museu do Country Club.
Inauguração do Obelisco do Marco Divisório do estado de Minas e São Paulo,depois do litígio em que os dois estados disputavam as divisas das terras.
Em 1937 na posse da última câmara de vereadores de Poços de Caldas, antes do “Estado Novo”, decretado por Getúlio Vargas.
Em 1938, na inauguração da Pedra Fundamental da Basílica de Nossa Senhora da Saúda, e anos depois da sua inauguração já totalmente concluída.
Em julho de 1938, na inauguração da ponte que liga a cidade de Machado a Varginha.
Em 1945, na chegada dos Pracinhas que voltaram da Itália no final da segunda guerra mundial.
Obs.: Nesta ocasião foi consagrada a marcha “Canção do Expedicionário”.
Posse do primeiro prefeito eleito após 15 anos de ditadura militar, o Sr. Miguel de Carvalho Dias.
Dia 27 de setembro de 1958 na Rádio Nacional do Rio de Janeiro, Programa Lira do Xapotó .O programa era apresentado pelo radialista Dr. Paulo Roberto e no dia seguinte se apresentou na Cinelândia, na Praça Floriano Peixoto,em frente ao Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Em 1964 tocou na campanha do ouro para o bem do Brasil.
Em 1968, na TV Tupy de São Paulo.
Inauguração do Cristo Redentor na Serra de São Domingos.
ESTES DADOS FORAM FORNECIDOS POR MÚSICOS ANTIGOS, HISTORIADORES E PUBLICIDADES DA ÉPOCA.
Joaquim Lourenço de Azevedo Filho, nasceu em Espírito Santo do Pinhal - SP, em 19 de novembro de 1872.
Espírito culto e ao mesmo tempo aventureiro e irrequieto, aos 21 anos prestando serviço militar embrenhou-se com afinco em seus estudos musicais, aqui sim encarou sua verdadeira vocação e desde cedo tornou-se um verdadeiro gigante da arte musical.
Homem preparadíssimo foi jornalista, maestro e compositor. Alegre, vivas, espirituoso, modesto e leal era sempre bem recebido em qualquer roda.
De 1900 a 1910 foi a época das suas grandes composições, foram mais de 100 produções espalhadas por todos os lugares em que passou. Do seu cérebro saíram valsas, maxixes, dobrados, peças sinfônicas, operetas, marchas marciais e tantos outros estilos. Peças como “Sabia do Sertão” e a “Soberana” alcançaram projeção internacional.
Em 1920, com a composição da marcha “Rei Soldado”, em homenagem ao monarca Alberto I, fora agraciado com a comenda da Ordem da Coroa da Bélgica.
Em 1929, quando a banda do exército dos Estados Unidos foi para uma turne na Europa, o seu nome foi incluido entre os maiores compositores do mundo.
Aos 60 anos (1932) no grande movimento constitucionalista (revolução de 1932) alistou-se como voluntário no Batalhão Ferroviário onde ostentava a patente de 1º tenente.
Tendo ficado vago o cargo de regência da Banda da Força Pública do Estado de São Paulo, com a aposentadoria do maestro Antão Fernandes, os maiores maestros da época se canditaram ao cargo, mas o maestro Azevedo foi o eleito.
Veio para Poços de Caldas e ficou como regente da banda nas décadas de 30 e 40 .
Destaca-se nesta época da banda, a presença de outros grandes músicos tais como o tropetista Mário Costa, os bateristas Ataulpho Marques - Otaviano Rocha e também o clarinetista e saxofonista Antônio Beccaro, os quais, nas próximas edições estaremos contando um pouco de suas vidas e da colaboração de cada um destes que, como o Maestro Azevedo, dedicaram grande parte de sua existência em prol da música e em prol desta banda, que nos seus noventa anos agradece a todos que ajudaram a manter este monumento à cultura musical e a história de Poços de Caldas.
