Alceo Bocchino
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Alceo Bocchino é um músico brasileiro.
Nascido em trinta de novembro de 1918 em Curitiba, Alceo Bocchino mora no Rio de Janeiro desde 1946. Seu interesse precoce pela música ficou claro em seu depoimento à Revista de Domingo: "Roubava a chave do piano e ficava tocando quando todo mundo saía de casa. Um dia levei um tombo da cadeira e só aí descobriram o que eu fazia durante as tardes.” Dentre seus professores estão as irmãs Lubrano, Antonio Melillo e João Poeck, Camargo Guarnieri, Villa-Lobos e Francisco Mignone. Foi assistente do maestro Eleazar de Carvalho na Orquestra Sinfônica Brasileira e presidente da Comissão Artística, regendo a Orquestra por quatro anos. Participou nos anos 60 e 70 de diversos cursos no exterior, em que regeu concertos com a Orquestra Sinfônica de Bilbao (Espanha), e a Filarmônica de Burgás (Bulgária). Paralelamente à sua carreira de músico Bocchino se dedicou à carreira de direito, formando-se em 1939. Como educador foi fundador e professor titular da Escola de Música e Belas Artes do Paraná, ministrando aulas de diversas matérias teóricas; no Conservatório de Santos, deu aulas de Fisiologia Vocal e Coral. Atualmente, é professor de composição e regência da Escola de Música Villa-Lobos, no Rio de Janeiro. Bocchino se destacou durante sua atuação na rádio na década de [19]50: “Adaptou-se muito bem ao novo veículo e aprendeu métodos de orquestração, passando a dominar o ofício de regente. Na Record, regeu ao vivo a Canção dos Expedicionários em homenagem aos pracinhas que voltaram da II Guerra. Na Rádio Mayrink Veiga foi arranjador de Carlos Galhardo, Orlando Silva, Sílvio Caldas e Nelson Gonçalves. Na Nacional, em 1956, orquestrou e dirigiu, com Paulo Tapajós, o programa Quando os maestros se encontram, uma espécie de duelo ao vivo em que cada um mostrava suas aptidões musicais. Entre as presenças marcantes, figuravam Radamés Gnatalli, Léo Peracchi e o então novato, Tom Jobim.” Em 1974 viajou com a Orquestra Sinfônica Brasileira pela Europa, realizando concertos com grande sucesso de público e crítica. De volta ao Brasil participou de diversas apresentações com orquestras brasileiras. Em 1981 representou o Brasil na Universidade de Mariland, como Regente do concerto inaugural "Stravaganza Musicale", tendo como solistas 20 pianistas, no 11º Festival e Concurso de Piano. Em 1989 participou da montagem da ópera "Tosca", uma produção do Teatro Guaira. No primeiro disco da Orquestra Sinfônica do Paraná está incluída a obra "Suíte Miniatura", de sua autoria.