Jarivatuba
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Jarivatuba é um bairro brasileiro da cidade de Joinville, que está localizada no estado de Santa Catarina. População: 15.409 (IBGE 2000)
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[editar] Origem do nome
Os moradores do Bairro Jarivatuba possuem versões diversas para justificar a denominação do mesmo, que antes era conhecido por Bupeva (em função do rio do mesmo nome), mais tarde por Itaum, que perdurou até 1977, quando recebeu a atual denominação. Segundo João Cidral da Costa Júnior, a região era coberta por uma árvore nativa chamada Jarivá, daí a origem do nome. Evandel de Carvalho acrescenta: Há duas plantas nativas na região, Indaiatuba e Jarivá, que possivelmente originaram a denominação Jarivatuba.
A pág. 299 do Álbum do Centenário de Joinville, lemos: jarívatuba localidade junto ao Rio Cachoeira, não longe da cidade, no extremo da estrada homônima. De jarivá, palmeira e tuba, abundância, ou abunda a palmeira e seria ainda a corruptela de iaribá, o que tem fruto em cacho ou em penca, conforme Teodoro Sampaio... que a palavra deriva de iara ibá, a senhora árvore, a árvore da dona, a árvore senhoril, pois que esta palmeira sobressai nas florestas, dominando as com sua copa altaneira. Estas descrições viriam confirmar as versões dos moradores com relação a origem do nome Jarivatuba.
[editar] Moradores andavam muito
Plantavam, como meio de subsistência, aipim, cana de açúcar, batata, arroz, mandioca, milho, feijão, banana, cará, taiá, japão, amendoim e criavam animais tais como galinha, peru, porco, gado, marreco, ganso. Algumas famílias vendiam produtos derivados do leite de vaca, mas a grande maioria criava os animais para consumo próprio. A farinha de mandioca era vendida na cidade, bem como lenha. 0 transporte era feito por meio de carroças, e para tanto, alguns moradores possuíam cavalos. A farinha era vendida ainda em São Francisco do Sul, cujo transporte era realizado em canoas. A maior parte dos moradores do Bairro Jarivatuba andava a pé. Raras exceções, de bicicleta. A Sra. Dinorá Jaci Régis nos diz que quem tinha bicicleta antigamente era rico.
O pai do Sr. Dorvalino Zacarias Pereira transportava lenha para a Olaria de Emílio Stock e folhas do mangue para um curtume no Bairro Guanabara, das quais era extraída uma resina, muito usada na época. Como a carroça era o principal meio de transporte de mercadorias, os moradores enfrentavam freqüentemente um sério problema: a péssima conservação das ruas, que em tempos de chuva, precisavam ser calçadas com pés de palmito, possibilitando dessa maneira a travessia. O bairro era também cortado por trilhos, através dos quais circulavam os vagonetes, puxados por 4 cavalos e que transportavam o barro que era retirado do atual Conjunto Habitacional Ademar Garcia até a 0laria do Sr. Emílio Stock
Segundo informações da D. Eulália Ramos, em 27/02/1927, iniciaram se as obras da primeira escola, que se situava ao lado de onde hoje está localizada a Escola Municipal Profª Ada SantAnna da Silveira. Cerca de 30 anos depois, construíram mais duas salas de madeira, onde lecionaram os Profºs João Bernardino e Alfredo. Inicialmente a escola era denominada de Escola Bupeva, em seguida passou a denominar se Escola Isolada Paranaguá Mirim e agora Escola Municipal Profª Ada SantAnna da Silveira. O bairro contava ainda com a Escola Municipal João Costa.
[editar] Água encanada chegou em 1975
Através dos depoimentos dos moradores, a energia elétrica foi instalada paulatinamente no bairro. Na Rua Monsenhor Gercino, por exemplo, está instalada há aproximadamente 50 anos. A partir daí, sucessivamente, este benefício passou a ser estendido a todo bairro, cujos moradores antes usavam lampiões a querosene e velas.
A água de poço passou a ser substituída pela água encanada a partir de 1975, época em que o bairro começou efetivamente a crescer, promovendo a abertura de ruas laterais e conseqüentemente sobreveio o calçamento e asfaltamento das vias de acesso mais importantes. As melhores condições das ruas apressaram o atendimento de linhas de ônibus aos moradores do bairro, que em uma fase anterior possuíam somente o Bonde do Vogelsanger até a Estação Ferroviária.
[editar] Rio Velho era cheio de peixes
Corta o bairro o Rio Velho, onde os moradores pescavam muitos peixes, tais como bagre, robalo, pescada, camarão e siri e que representou fator preponderante no rápido desenvolvimento, uma vez que fazia a ligação com a Baía da Babitonga e com o centro da cidade. O trecho que inicia no Rio Velho, forma a localidade de Paranaguá Mirim, que quer dizer boca de rio pequeno e enseada do mar. A Lei nº 1.526 de 25 de julho de 1977 delimitou o Bairro Jarivatuba.